Nesta segunda-feira (03), a Comissão de Ética Pública da Presidência abriu um processo para apurar a conduta de seis autoridades e ex-autoridades com base na delação da JBS. Os ministros do governo Temer, Gilberto Kassab, da Ciência e Tecnologia, e Marcos Pereira, da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio estão entre os investigados.
Os ex-ministros Guido Mantega, Geddel Vieira Lima e Fernando Pimentel, além do atual vice-presidente corporativo da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira também serão investigados.
- Foto: Marcos Corrêa/PresidênciaMarcos Pereira (à esquerda) e Gilberto Kassab (à direita) durante um evento com Temer
De acordo com o G1, os seis terão um prazo de dez dias para prestarem esclarecimentos. Entre as punições possíveis estão a advertência e recomendação de exoneração, caso o investigado esteja no governo, e censura pública para ex-autoridades (uma espécie de mancha no currículo).
Em nota, Kassab disse que as investigações são importantes e que ele sempre pautou sua atuação "pela ética e cumprimento da legislação".
Mauro Menezes, presidente da Comissão de Ética, disse que os ex-ministros devem ser investigados mesmo após eles terem sido desligados do governo, porque, segundo ele, devem "suportar as consequências" caso tenham cometido alguma irregularidade.
"É essencial que o mero desligamento das autoridades que ocuparam não os exima de prestar esclarecimentos públicos e suportar consequências de eventuais sanções éticas. A competência da comissão não se restringe as autoridades que hoje ocupam os cargos", disse Mauro Menezes.
O presidente da Comissão disse ainda que não cabe ao colegiado abrir procedimentos sobre a conduta ética do presidente e vice-presidente da República.
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