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Política

Regina Sousa se posiciona sobre crime na cidade de Uruçuí

A petista elogiou o posicionamento do pai de um dos envolvidos, que denunciou o filho à polícia.

A senadora Regina Sousa (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, se posicionou, na tarde desta quarta-feira (03), sobre o crime ocorrido na cidade de Uruçuí, Sul do Piauí, onde uma grávida de 6 meses foi estuprada e ainda presenciou o namorado ser degolado. Três adolescentes foram apreendidos acusados do crime.

De acordo com a senadora, ela estava em Goiânia em diligência, na Secretaria de Segurança Pública, para saber as providências no caso do estudante Mateus Ferreira da Silva, agredido por um policial durante a greve geral do último dia 28 e, ao retornar a Brasília, soube do ocorrido em Uruçuí.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Regina SousaRegina Sousa

A petista elogiou o posicionamento do pai de um dos envolvidos, que denunciou o filho à polícia: “Louvo a atitude do pai, que foi leva-lo à delegacia, demonstrando consciência da necessidade de o filho pagar pelo que fez”.

Regina ainda falou sobre a questão da redução da maioridade penal, que para ela não é a solução: “Antes que os defensores da redução da maioridade penal passem à ofensiva, está aí a maior prova de que a questão não é a idade. Podem reduzir o quanto quiserem, nada vai mudar se o Estado brasileiro não adotar políticas públicas para crianças, adolescentes, jovens e mulheres, além de proporcionar segurança para todos. Portanto, responsabilize-se o Estado brasileiro pelo que não fez”.

“Os jovens devem ser punidos sim, nunca defendemos o contrário, mas dentro da legislação que temos. Como presidente da CDH acompanharei as providências, tanto em relação às famílias enlutadas, à moça violentada e aos meninos que praticaram essa crueldade”, declarou.

Confira abaixo nota na íntegra

Nota da senadora Regina Sousa a respeito do crime em Uruçuí

Na manhã de hoje estive em Goiânia em diligência na Secretaria de Segurança pública, para saber as providências no caso do estudante Mateus Ferreira da Silva, agredido por um policial durante a greve geral do último dia 28, em Goiânia, e ao mesmo tempo visitar a família dele no hospital. Felizmente o quadro clínico do jovem evolui bem, embora ainda em situação de risco e o agressor foi afastado e foi aberto Inquérito Policial Militar. A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal (CDH) vai continuar acompanhando o caso.

Ao retornar para Brasília pude me inteirar sobre a tragédia no Piauí, onde um homem perdeu a vida e uma mulher sofreu estupro (esposa do assassinado). Os autores, três menores, um deles com treze anos. Louvo a atitude do pai, que foi leva-lo à delegacia, demonstrando consciência da necessidade de o filho pagar pelo que fez.

Antes que os defensores da redução da maioridade penal passem à ofensiva, está aí a maior prova de que a questão não é a idade. Podem reduzir o quanto quiserem, nada vai mudar se o Estado brasileiro não adotar políticas públicas para crianças, adolescentes, jovens e mulheres, além de proporcionar segurança para todos. Portanto, responsabilize-se o Estado brasileiro pelo que não fez.

Os jovens devem ser punidos sim, nunca defendemos o contrário, mas dentro da legislação que temos. Como presidenta da CDH acompanharei as providências, tanto em relação às famílias enlutadas, à moça violentada e aos meninos que praticaram essa crueldade.

Brasília, 03 de maio de 2017,

Regina Sousa

Senadora da República (PT-PI)

Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa

Entenda o caso

Uma grávida de 6 meses, de 15 anos, identificada pelas iniciais C. C., foi estuprada e presenciou o namorado, identificado como Flaviano Marinho, de 19 anos, ser degolado por três adolescentes no Sul do Piauí. Os crimes ocorreram na madrugada desta quarta-feira (03), por volta de 01h, próximo do rio da cidade de Uruçuí.

O corpo do jovem, que foi jogado no rio, foi encontrado, no início da tarde de hoje, e passou por exames para que fosse feita a liberação do mesmo o mais rápido possível.

A faca utilizada para matar Flaviano Marinho foi encontrada na casa da namorada de um dos menores suspeitos de cometer o crime, informou o delegado Bruno Ursulino, responsável pela investigação do caso.

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