O ministro da Cultura, Roberto Freire, presidente do PPS, anunciou através de sua assessoria, que deixará o cargo, após o presidente Michel Temer anunciar que não vai renunciar à presidência. Freire havia dito antes que, caso Temer não renunciasse, ele deixaria a pasta.
Roberto assumiu o cargo em novembro do ano passado, após escândalo envolvendo o antecessor, Marcelo Calero, que acusou o presidente e o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo a rever, por razões políticas, uma decisão técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo a Veja, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, também do PPS, havia decidido que abandonaria o governo Temer, caso Freire deixasse a pasta. Mas depois, teria voltado atrás, alegando instabilidade nas Forças Armadas.
Uma nova crise política se instalou no país após revelação feita pelo empresário do grupo JBS, Joesley Batista, em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, através de uma gravação, onde mostra o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
- Foto: Ueslei Marcelino/ReutersMinistro Roberto Freire com o presidente Michel Temer
Mais cedo, o Blog do Camarotti informou que o ministro das Cidades, Bruno Araújo, seria o primeiro a deixar o governo depois das denúncias contra Temer. De acordo com o blog, Araújo deve entregar o cargo nas próximas horas.
Em pronunciamento feito na tarde desta quinta, Temer disse que não vai renunciar ao cargo e vai se defender até o fim das acusações de obstrução de justiça. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato autorizou abertura de inquérito contra Temer, no âmbito da operação.
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