O ex-funcionário da Odecbrecht, José de Carvalho Filho, foi intimado para depor na próxima sexta-feira (10), pelo relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Herman Benjamin, que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer.
O ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Claudio Melo Filho, citou em depoimento, que José Filho era responsável por operacionalizar o repasse de R$ 4 milhões ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Tudo isso teria sido acordado em 2014, durante jantar no Palácio do Jaburu, onde o então vice-presidente Michel Temer participou.
- Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo Eliseu Padilha
O nome de José Filho foi citado 34 vezes na delação de Melo à Lava Jato, afirmando que ex-funcionário da Odebrecht também seria o responsável pelo envio de valores ao ex-assessor especial da Presidência José Yunes por meio do operador Lucio Funaro. Em entrevistas Yunes admitiu ser servido de “mula involuntária” para Padilha ao receber um pacote que deveria ser entregue ao ministro.
De acordo com o Estadão, algumas pessoas que tiveram acesso ao depoimento de Melo ao TSE, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht disse que José Filho recebeu um telefonema em tom ríspido do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Lava Jato, cobrando R$ 1 milhão dos R$ 4 milhões destinados a Padilha. Claudio Melo disse, no depoimento ao TSE, ter informado Padilha sobre o telefonema e que o ministro disse que resolveria a questão pessoalmente com Cunha.
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