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Política

Wellington Dias critica demora em julgamentos de ações eleitorais

"(...) Às vezes, 10 anos depois tá julgando uma coisa de uma eleição que nem ninguém é mais mandatário, é sem sentido (...)", criticou.

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (02), o governador Wellington Dias comentou o processo que pede a cassação da chapa da então presidente Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma Rousseff e de seu vice na chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no Tribunal Superior Eleitoral. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma. 


“Em relação à parte onde há cometimento de crime acho que a qualquer momento é importante que aja a investigação, a partir daí a defesa e o julgamento, eu defendo que passada a eleição, tendo aprovação das contas, acabou a parte tipicamente eleitoral, o que é crime trata-se na Justiça das áreas que tratam de novos crimes, essa é a minha interpretação sobre a parte eleitoral”, afirmou Dias.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Wellington DiasWellington Dias

Wellington criticou a existência de longos processos na Justiça relacionados às eleições: “Nos últimos anos, o que se adotou no Brasil, é essa de que a eleição nunca termina. Às vezes, 10 anos depois tá julgando uma coisa de uma eleição que nem ninguém é mais mandatário, é sem sentido. Tem que ter um processo até a prestação de contas, concluiu pronto”, disparou.

“O que eu sei é que a chapa da presidente Dilma e do presidente Michel Temer tinha prestado contas, se há alguma prática criminosa comprovada, acho que tem que ter a legítima defesa. O que eu acho que tem que evoluir no Brasil, é que esse processo de judicialização juntamente com a crise política cria uma paralisia no Brasil, uma paralisia na economia que tem consequências graves. Por exemplo, já perdemos 2 milhões e meio de empregos, o Brasil voltou a sua economia ao patamar de 2010, nós caímos a economia, isso é algo muito grave e que afeta a vida das pessoas”, declarou.

Para o governador “é importante que a gente tenha aquilo que é crime tratado como crime, inclusive sem essa execração que se faz, seja quem for do lado a ou do lado b. Vejo muito gente que foi jogada na lata do lixo, na lama e depois é comprovada a sua inocência. Agora mesmo teve um tesoureiro do meu partido que foi preso e agora foi solto, não era nada disso do que disseram e agora, como vai ficar a situação dessa pessoa? Da sua família? Há necessidade, no Brasil, da gente uma hora colocar as coisas no lugar, e não é difícil basta cumprir o que está na constituição, na legislação, o grave problema é por que a todo o momento se orbita, se extrapola dos limites da lei e quando isso acontece principalmente na área do judiciário é muito perigosa, veja que já tem gente defendendo a ditadura”, finalizou.

Delação de Marcelo Odebrecht

O empresário Marcelo Odebrecht disse, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (01), que doou R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 com caixa dois. Parte desse valor foi contrapartida pela aprovação da medida provisória do Refis, que beneficiou o grupo. Em nota, a ex-presidente Dilma Rousseff chamou de “mentirosa” a informação do recebimento de dinheiro durante eleições. “É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois (...)”, diz trecho da nota.

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