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Mainha diz que pontos da Reforma da Previdência serão revistos

"Por exemplo, a exigência mínima de 49 anos trabalhados para aposentadoria integral, isso é um exagero", exemplificou Mainha.

O deputado federal do Piauí, Maia Filho, o Mainha (PP), foi indicado pela liderança do Partido Progressista e vai compor a Comissão Especial que dará parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) que trata da Reforma Previdenciária do Brasil. Ao GP1, o parlamentar ressaltou a importância do assunto e destacou dois pontos que acredita que devam ser reanalisados com mais cautela: o tempo de contribuição para aposentaria, bem como o valor a ser recebido em caso de pensão.

  • Foto: Facebook/Maia Filho Maia Filho (Mainha)Maia Filho (Mainha)

“Vai ser a reforma mais importante dos últimos anos. A gente entende que a proposta exagerou em alguns pontos e deverão ser renegociados. Por exemplo, a exigência mínima de 49 anos trabalhados para aposentadoria integral, isso é um exagero. Se for para se aposentar aos 65 anos a pessoa vai ter que começar a trabalhar aos 16 anos. A gente não vê viabilidade nisso. Outro ponto que nos preocupa é a questão da pensão. A viúva ou o viúvo que recebem a pensão do beneficiário do INSS, de acordo com a proposta, receberia apenas 50% do aposentado. Aqui no Piauí, a maioria dos aposentados recebe um salário mínimo, principalmente os aposentados rurais. Então, não há como sobreviver com a metade do salário. Agora, a gente entende que há de existir uma reforma da previdência, pois a previsão é que pode ter um caos financeiro daqui a 24 anos na previdência do Brasil como aconteceu na Grécia”, exemplificou Mainha.


Outra proposta considerada nefrálgica pelo parlamentar federal está na igualdade da mulher com o homem no tocante ao período para a aposentadoria. Ele acredita que ambos devam ter os mesmos benefícios e as mesmas obrigações.

“Um dos pontos mais polêmicos e que a gente não se posicionou ainda, é a questão da igualdade da mulher com o homem em termos de aposentadoria. Existem duas tendências e uma eu não estou convencido. A mulher alega que tem outro turno de trabalho por conta dos afazeres de casa. Mas, por outro lado, a mulher cobra uma igualdade com o homem no salário e nas condições de trabalho no mercado. Em todas as pesquisas as mulheres ganham menos que os homens, então para se começar a trabalhar por igualdade a mulher tem que ter os mesmos benefícios e também os mesmos ônus. Mas, ainda não chegamos a um consenso sobre isso”, adiantou Mainha.

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