A jornalista Cristiana Lôbo divulgou, nesta segunda-feira (27), em seu blog que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, decidiu acumular a presidência do PSDB com a candidatura à presidência da República como forma de evitar o aprofundamento do racha no partido e conquistar apoios de outras siglas para sua provável candidatura.
Segundo a jornalista, o último movimento de pressão partiu do governo Temer, que deixou claro aos tucanos aliados que, se Tasso Jereissati fosse eleito para o comando partidário, o PMDB seguiria outro caminho na campanha do ano que vem, isolando o PSDB na disputa presidencial.
Isso aconteceu enquanto a disputa entre Marconi Perillo e Tasso Jereissati dava sinais de confronto entre alas do partido.
- Foto: Amanda Perobelli/Estadão ConteúdoGeraldo Alckmin
Perillo e Jereissati disseram a Alckmin que se ele quisesse ser o nome de consenso, os dois retirariam as candidaturas, mas que isso deveria ser feito logo porque, mais adiante, as campanhas estariam irreversíveis.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu publicamente a indicação de Alckmin, mas o governador paulista aguardava, ainda, uma palavra pública de apoio dos senadores José Serra e Aécio Neves.
Alckmin, que já havia conversado com Marconi Perillo na sexta-feira, telefonou para Tasso Jereissati no domingo para dizer que assumiria, então, a condição de candidato de consenso para a presidência do PSDB paralisando, portanto, a disputa entre os dois.
O anúncio de Alckmin e retirada das duas candidaturas deve ser sacramentado em reunião em São Paulo, da qual deve também participar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Além de costurar as alianças nacionais, Geraldo Alckmin terá também de resolver as disputas entre aliados que querem seu apoio para disputar o Palácio dos Bandeirantes.
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