O presidente Michel Temer tem uma semana para consertar o desajuste em sua base aliada a fim de tentar votar a reforma da Previdência no início de dezembro. O prazo é curto e o trabalho está mais complicado do que o previsto.
De acordo com o G1, Temer acreditava ter resolvido a desorganização na sua base de apoio ao escolher Alexandre Baldy para comandar o Ministério das Cidades, mas viu a semana terminar com os aliados ainda insatisfeitos pela confusão criada na troca, não concretizada, do ministro da articulação política.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoMichel Temer
O resultado, segundo interlocutores do presidente Temer, foi o “clima de velório” no jantar oferecido aos deputados governistas na quarta-feira (22), que teve baixíssima adesão. O quórum reduzido gerou reclamações do Palácio do Planalto a seus líderes. “Vocês vieram, mas não trouxeram seus liderados”, foi a cobrança feita por assessores de Temer, diretamente a vários líderes de partidos governistas que estavam presentes no Palácio da Alvorada.
Em resposta, o governo ouviu que o clima para aprovação da reforma da Previdência ainda não é o mais positivo, apesar dos avanços com a nova versão da proposta.
O governo queria transformar o jantar numa demonstração de força política. O objetivo era reunir cerca de 250 deputados no encontro de apresentação da nova versão das mudanças nas regras de aposentadoria.
Pouco mais de cem compareceram. A baixa adesão refletiu o fracasso do Palácio do Planalto em reorganizar totalmente sua base de apoio no Congresso Nacional.
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