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Política

Picciani, Melo e Albertassi se entregam após decisão do TRF2

Por unanimidade os desembargadores decidiram pela volta do trio à Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.

Com o novo pedido de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) na tarde desta terça-feira (21), os deputados Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) se entregaram na superintendência da Polícia Federal.

O trio foi preso na última quinta-feira (16) por conta da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato, e passaram menos 24 horas presos. Em seguida, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu por meio de uma votação pela revogação da prisão dos deputados.


Os peemedebistas serão ouvidos pela polícia, passarão pelo Instituto Médico Legal e logo depois transferidos de volta para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. O ex-governador Sérgio Cabral também está preso lá.

  • Foto: José Lucena/Futuro Press/Estadão Conteúdo-Fábio Motta/Estadão ConteúdoPicciani e Paulo MeloPicciani e Paulo Melo

O desembargador Abel Gomes, relator do processo no TRF2, disse que a decisão da Alerj foi uma “completa violação à Constituição”, tendo em vista que a decisão não passou pelo Judiciário.

Defesa

O advogado de Jorge Picciani, Nélio Machado, considerou a decisão do TRF2 “ilegal, inconstitucional e infeliz” e vai recorrer a instância superior em Brasília. A defesa de Albertassi disse que “confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos”.

Já Paulo Melo divulgou nota questionando a decisão. “Mais uma vez vejo como injusta a decisão do Tribunal Regional Federal. Não cometi nenhum crime e tenho o máximo de interesse na rápida apuração dos fatos”, disse.

Intervenção Federal

O relator do processo, Abel Gomes, pediu durante a sessão do TRF que o processo seja encaminhado presidente do tribunal e em caso de novo “obstáculo à corte” seja pedida uma intervenção federal no Rio. "Em caso de mais um obstáculo criado à Corte, peço que [o processo] seja imediatamente encaminhado ao presidente do TRF para que ele, junto ao STF, peça intervenção federal no RJ. Pelo que se vê, quadro é preocupante", afirmou, acompanhado dos outros desembargadores.

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