O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, usou a sua rede social no Twitter neste domingo (15) para fazer “ataques” ao ex-procurador geral Rodrigo Janot, após a delação do doleiro Lúcio Funaro, onde ele foi citado por participar de esquema de corrupção que teria sido montado na Caixa Econômica Federal para gerar propina a políticos do PMDB.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMoreira Franco
Nos últimos dias, tornaram-se públicos vídeos dos depoimentos da delação premiada de Lúcio Funaro. No Twitter, o ministro afirmou que a delação de Lúcio Funaro foi uma "encomenda remunerada" do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao empresário Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F. Ele disse que o ex-procurador geral precisava de fatos novos para abrir uma nova investigação contra Michel Temer (PMDB).
Ele alega que foi por isso que o doleiro prestou as informações para Janot com ajuda de Joesley. “Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley dava”, disse o ministro em uma das suas publicações.
- Foto: Twitter/Moreira FrancoMoreira Franco no twitter
A acusação
Segundo Funaro, apontado como o operador de propina do PMDB, diversas operações envolvendo o FI-FGTS renderam vantagens indevidas a ele e a políticos peemedebistas. Ele explicou que tanto Moreira Franco quanto Eduardo Cunha foram beneficiados com propina para que eles facilitassem a liberação de recursos do FGTS na empresa do Grupo Bertin.
Questionado sobre como foi feita a divisão dos R$ 12 milhões de propina, o doleiro respondeu: “65% Moreira Franco, 25% Eduardo Cunha, 15% para mim”. Ao detalhar o pagamento das vantagens indevidas, Lúcio Funaro disse que o repasse foi feito em “dinheiro vivo”.
Em relação a entrega do dinheiro a Moreira Franco, Funaro declarou que os pagamentos seguiam um “fluxo de caixa”. “Ele me solicitava, eu passava conforme meu fluxo de caixa. Tenho R$ 1 milhão no Rio, vou mandar te entregar, tenho R$ 1 milhão em São Paulo, manda o Altair vir buscar. Toda semana tinha um fluxo de caixa”, disse.
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