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Política

Deputados votam cassação de Cunha em 12 de setembro

A votação ocorre somente após a decisão sobre o impeachment de Dilma Rousseff, que deve acontecer na última semana de agosto.

A sessão que votará o processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acontecerá no dia 12 de setembro. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10), pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A votação ocorre somente após a decisão sobre o impeachment de Dilma Rousseff, que deve acontecer na última semana de agosto. 

De acordo com a Folha de São Paulo, a votação foi marcada para a segunda semana de setembro atendendo a pedidos do executivo, que está receoso   que o assunto interfira na intensa cobertura que a mídia deve dar ao impeachment da presidente afastada. Apoiadores do atual governo acreditam que a cassação de Cunha possa virar o centro das atenções em vez do impedimento de Dilma. A justificativa oficial é que o presidente interino Michel Temer tem viagem marcada para a China no dia 3 de setembro e nesse período, Rodrigo Maia assumirá a cadeira presidencial. 

  • Foto: Isto ÉEduardo CunhaEduardo Cunha

Há ainda uma segunda justificativa, com Maia na presidência da república, Waldir Maranhão(PP-MA) assume a presidência da Câmara. Os deputados não querem deixar o processo sob responsabilidade de um parlamentar que ficou conhecido por suas inconstâncias quando presidiu a Casa. 

A escolha da data beneficia Cunha, pois com a proximidade das eleições municipais, fica difícil mantém o quórum mínimo para a votação (400 deputados).  Para que Cunha perca o mandado, é necessário que 257 deputados votem a favor da cassação. Para não ser acusado de beneficiar o ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia vem reafirmando que é preciso que pelo menos 400 deputados estejam presentes. 

O processo de cassação do mandado de Eduardo Cunha é o mais longo da história da Casa, ultrapassando, e muito, o prazo regimental de 90 dias para o julgamento. O pedido de cassação foi protocolado em outubro. Só em junho deste ano o Conselho de Ética conseguiu decidir sobre o processo. Com vários recursos, o ex-presidente da Casa conseguiu adiar ainda mais a votação final. 


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