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Nerinho diz que Elmano não vê motivo para o impeachment

"Elmano disse que não vê motivo para o pedido de impeachment", diz Nerinho

Durante entrevista ao GP1, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet), Nerinho (PTB), disse esperar que o senador Elmano Ferrer vote em acordo com seus eleitores e seja contrário ao impeachment da presidente Dilma. A votação acontece nesta quarta-feira (11) no Senado.

“A minha expectativa é que ele vote em acordo com os eleitores que votaram nele; com os eleitores do PT, do PTB e não com os eleitores que votaram no PSDB, já que nenhum votou nele”, disse.

Imagem: José Maria Barros/GP1Nerinho diz que Elmano não vê motivo para impeachment de Dilma(Imagem:José Maria Barros/GP1)Nerinho diz que Elmano não vê motivo para impeachment de Dilma

O deputado federal Assis Carvalho afirmou ao GP1 nesta quarta-feira (11), que caso Elmano vote favorável ao impeachment, o PT verá o ato como traição. Nerinho não concorda com o termo “traição”, mas reafirma que o senador deveria votar seguindo a vontade de seus eleitores.

“Eu não olho por esse ângulo. Não existe traição, até porque ele é independente, ele é senador. Mas se ele for ouvir as pessoas que votaram nele, as pessoas que ajudaram na campanha dele, com certeza ele iria votar a favor da presidenta Dilma [contra o impeachment]”, disse o secretário.

“Na comissão provisória do PTB só tem duas pessoas em um total de 14 que não são com a presidenta Dilma. 12 são a favor de Dilma no Diretório Estadual do PTB. Por aí você tira. Ele é o presidente do nosso partido. Nós fizemos um apelo a ele para que ele votasse contra o impeachment”, continuou.

Relação com Welington Dias

Ao ser questionado se um eventual voto favorável do senador petebista poderia influenciar na relação do PTB com o Governo do Estado, Nerinho desconsiderou que isso possa acontecer, já que “é impossível a presidente Dilma não perder” na votação de hoje no Senado.

“Acredito que não porque é muito difícil reverter esse quadro. Sendo bem sincero, hoje é impossível a presidenta Dilma não perder. Daqui a 180 dias ela vai precisar de 27 votos e eu ainda acho difícil. Então o voto de hoje pouco vai influenciar. Agora, por uma questão de que nós do PTB fazemos parte da base do governador Wellington Dias, nós do interior, que foi de onde ele tirou mais de 500 mil votos e esses votos foram todos casados com o voto da presidenta Dilma e com o governador Wellington. Então fizemos esse apelo a ele”, afirmou Nerinho.

O secretário Nerinho citou a mesma pesquisa que o deputado Assis Carvalho falou durante entrevista nesta quarta, onde maioria da população piauiense se mostra contrária ao impeachment de Dilma.

“Temos pesquisa de que 52% da população de Teresina também é contra o afastamento da presidenta Dilma. Então nós temos que trabalhar nesse sentido. Os dois deputados do PTB votaram a favor quando o governador Wellington Dias precisou. Paes Landim e Fabio Abreu atenderam ao pedido da comissão do PTB. Nós também pedimos para o senador Elmano acompanhar o mesmo voto”, disse o petebista.

Esperança


O secretário ainda falou que Elmano não vê motivos para o impedimento da presidente Dilma e isso é o que deixa a sigla esperançosa para que o senador siga a posição dos colegas de partido.

“O senador Elmano disse que não vê motivo para o pedido de impeachment. Ele disse que não vê só se tiver um novo fator e não vai ter fato novo. Então estamos esperançosos nesse sentido”, afirmou Nerinho.

“Nós já conversamos com ele. Eu, a deputada Janaína, a deputada Liziê, o deputado Fábio Abreu, o deputado Paes Landim, Amadeu Campos e o vereador Paulo Roberto. Todas essas pessoas fizeram esse apelo ao senador Elmano para que ele fosse contra ao impeachment, vamos ver se ele vai ser sensível”, continuou o petebista.

Imagem: Lucas Dias/GP1Senador Elmano Ferrer(Imagem:Lucas Dias/GP1)Senador Elmano Ferrer

Voto favorável

No dia 26 de abril o senador Elmano Ferrer enviou nota à imprensa informando que votaria a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma. No entanto, após ter sido hostilizado no aeroporto de Teresina, o senador preferiu não falar publicamente do seu voto.

“Ele disse também que ouvia a voz do povo. Ele é senador da República e eu respeito, mas ele também é presidente de um partido aqui no Piauí que faz parte da base do governo”, concluiu Nerinho.

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