Ciro diz que PP ainda está avaliando apoio à presidente Dilma

De acordo com o Estadão, Ciro avaliou, em conversa com aliados, como "muito grave" a decisão do deputado Maurício Quintella de abandonar a liderança do PR para votar a favor do impeachment de Dilma na Câmara. O senador afirmou ainda ser um “mau sinal” o voto do líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso, que era presidente do colegiado, a favor do parecer pró-impeachment na Comissão Especial.

Havia um acordo entre os três partidos (PR, PSD e PP) para que permanecessem na base aliada do governo, porém as mudanças de posicionamento devem refletir na decisão do Partido Progressista. Na manhã de hoje, Ciro Nogueira afirmou em entrevista à Cidade Verde que estará reunido com o grupo político dirigido pela presidente Dilma Rousseff.

O senador sofre constantes pressões da ala oposicionista do partido para que desista de apoiar o governo. No ultimo domingo (10), nove diretórios regionais emitiram nota em apoio ao impeachment (RS, SC, PR, SP, DF, GO, ES, MG e AC) . 

 

Na segunda-feira, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PB), o líder do PP na Câmara, fez um discurso contra o impeachment, mas liberou a bancada para manifestar seu pensamento na comissão. Dos cinco votantes da sigla, apenas dois votaram contra o impeachment no colegiado.Segundo o "Placar do Impeachment" feito pelo Estadão, dos 47 deputados do PP, 25 são a favor do impeachment e 9, contra. Outros 8 se declararam indecisos e 5 não responderam.

 

O Estadão divulgou ainda que o vice-presidente Michel Temer e o senador Ciro Nogueira se encontraram na última sexta-feira (08), em São Paulo, no escritório do pemedebista, a convite de um amigo comum. Por meio de uma mensagem de voz, o senador negou o ocorrido.