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Política

Instituto Lula amanhece com pichações contra o ex-presidente

O portão da garagem do prédio foi pichado com reivindicações contra o ex-presidente do Brasil.

O Instituto Lula, em São Paulo, amanheceu hoje (05) com o portão da garagem do prédio pichado com reivindicações contra o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A entidade não tem fins lucrativos e tem como objetivo a cooperação entre o Brasil, a África e alguns países da América Latina.

O protesto aconteceu após a condução coercitiva de Lula na 24ª fase da Operação Lava Jato deflagrada ontem (04) pela Polícia Federal. No portão foi escrito "Luladrão. Basta de corrupção. Sua hora chegou corrupto”.

Imagem: Marcos Alves Institulo Lula tem portão pinchado(Imagem:Marcos Alves )Institulo Lula tem portão pichado

Além das pichações no instituto, houve outras manifestações entre grupos pró e contra ao ex-presidente, uma em frente ao prédio onde ele mora, em São Bernardo do Campo (SP), e outra no Aeroporto de Congonhas, local onde ele prestou depoimento, na sede da PF.

Lula é o principal investigado desta fase da operação, batizada de Aletheia que significa “busca da verdade” em grego. De acordo com o Ministério Público Federal (PMF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao Lula e pessoas associadas.

Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e do sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-Presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras, e também financiamento de obras no valor de R$ 700 mil em um apartamento no qual teria sido pago R$ 400 mil para a omissão do mesmo.

Em pronunciamento oficial na sede do PT, o ex-presidente negou todas as acusações e diz que se sentiu ofendido com o mandado de condução coercitiva. "Não precisaria levar uma coerção à minha casa, dos meus filhos. Não precisava, era só ter me comunicado. Antes dele, já fazíamos a coisa correta nesse país. A gente já lutava para fazer a coisa certa nesse país.
Lamentavelmente preferiam usar a prepotência, a arrogância, o show de pirotecnia. É lamentável que uma parte do Judiciário esteja trabalhando com a imprensa", disse ele.

Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação.
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