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Política

Robert afirma que briga entre poderes ameaça a democracia

Para Robert Rios, os Poderes estão se confrontando e a manifestação pública de um poder contra o outro não é legítima.

O deputado estadual Robert Rios (PDT), em entrevista ao GP1 na tarde desta terça-feira (06), mostrou preocupação com os rumos da democracia no Brasil e classificou a “briga” entre os Poderes [Judiciário e Legislativo] como um suicídio, ao comentar a negativa de Renan Calheiros em reconhecer a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Melo.

Para Robert Rios, os Poderes estão se confrontando e a manifestação pública de um poder contra o outro não é legítima. “Os poderes [Judiciário e Legislativo] estão esgrimando. Quando um Poder coloca uma camisa de protesto e vai pra rua, fazer passeata, ele praticamente deixa de fazer Poder. Quando o povo faz manifestação é legítima, mas não é legítima quando o Poder faz”, avaliou o deputado, que ainda classificou a situação como um absurdo. “Um poder não pode se manifestar publicamente no meio da rua contra o outro. Imagina que absurdo seria se um grupo de deputados no meio da rua contra magistrados. Magistrado e Ministério Público nas ruas, com slogan, fazendo manifesto contra deputados, contra parlamento. Isso é o fim dos poderes, o suicídio dos poderes”, disse.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Delegador Robert RiosRobert Rios

O líder da oposição na Alepi também afirmou que a tal situação coloca em risco a Democracia brasileira. “Isso põe a democracia em grave risco institucional. É gravíssimo o risco que neste instante o Brasil corre. Desde o início da história do Brasil, toda vez que os poderes entravam em impasse e não chegavam a um acordo a solução foi absurda. Até o próprio Pedro II perdeu o trono por causa disso”, lembrou.

Robert avaliou a decisão do ministro Marco Aurélio Melo como absurda. Ele chamou atenção para o fato de que, para deferir a liminar, o magistrado se baseou em proposta que ainda não foi homologada pelo STF. “A decisão tomada pelo Supremo ela não é só inédita, ela é também absurda. Como é que um juiz, único ministro, em sede de liminar, tira um chefe do poder, o presidente do Congresso Nacional?”, questionou o parlamentar, que completou: “O que ele diz é que na linha sucessória quem for réu não pode ficar. Mas essa decisão não está tomada ainda não, o ministro Toffoli pediu vistas do processo. Nem concluiu o processo", disse.

O deputado finalizou a entrevista afirmando que o Brasil está à beira de um precipício: “Os poderes, com seus erros, com sua falta de entendimento, estão levando a nação a um abismo. Ninguém sabe como fica. Há um risco iminente, muito próximo”,pontuou.

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