O comandante geral da Polícia Militar no Piauí, coronel Carlos Augusto, respondeu as declarações do deputado Robert Rios (PDT) sobre demora da PM durante protestos na Assembleia Legislativa e ironizou as críticas feitas aos policiais. O militar chamou atenção para o fato de que a Polícia Militar que o parlamentar critica é a mesma que faz sua segurança particular.
“A Assembleia Legislativa tem 174 policiais militares lotados para fazer a guarda. 174 entre outros oficiais lotados lá, eles não fazem outra coisa, estão lotados lá, exclusivamente, para fazer a guarda da Assembleia e dos excelentíssimos senhores deputados, inclusive, a dele [Robert Rios], a dele pessoal, na casa dele, na Assembleia, em qualquer lugar”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Carlos Augusto
Robert Rios criticou que o comandante não foi à Alepi durante a ocorrência, citando que Carlos Augusto já lançou pré-candidatura para as eleições de 2018. O coronel negou que vá ser candidato no próximo pleito. “Primeiro: candidato é o Robert Rios, eu não sou candidato e nunca fui candidato a nada. Eu sou policial!”, enfatizou.
Reforço da PM
O comandante também informou que na tarde de ontem (20), durante reunião com a governadora em exercício, Margarete Coelho, ofereceu reforço policial para a sessão que ocorreria hoje, apoio este que foi negado por parte do presidente da Alepi, Themístocles Filho, segundo o coronel.
“Ontem, na presença da governadora em exercício, no Palácio [de Karnak], eu ainda ofereci reforço na segurança para a Assembleia caso precisasse. O presidente da Assembleia disse que não precisava, que lá ninguém ia tirar ninguém, foi assim que ele se reportou”, narrou o coronel que negou que tenha havido demora em atender a solicitação de reforço na segurança. “Quando eles solicitaram hoje às 10h36min da manhã, eu estava inclusive no gabinete do secretário Fábio Abreu na hora, nós mandamos imediatamente o Choque e o Bope pra lá”, declarou.
Excesso por parte dos PMs
Com relação a truculência por parte dos policiais, Carlos Augusto argumentou afirmando que o deputado Robert Rios, como ex-policial de carreira, sabe a dificuldade em conter manifestantes. “O deputado Robert foi polícia e sabe que ninguém tira manifestante distribuindo flores e nem pedindo ‘por favor’. Não houve violência em nenhum momento por parte da Polícia Militar, pela Tropa de Choque e pelo Bope que eu mandei para lá, em nenhum momento houve violência, houve muito foi diálogo lá coordenado pelo tenente coronel Sousa Filho, lá não teve nenhum problema”, afirmou.
Sobre a ausência na ocorrência, o coronel respondeu: “Eu estava lá presente sim, porque eu coloquei a tropa de choque toda lá e os policiais estavam todos trabalhando. Ali também é o comandante”.
Assim como Fábio Abreu, o coronel Carlos Augusto também ressaltou o direito de manifestar da população. “O bate-boca entre manifestantes a gente não entra em detalhe, o calor da emoção [...] O fato é que a gente vive em um Estado Democrático de Direito e a gente respeita muito a manifestação das pessoas. Mas a segurança da Assembleia Legislativa ela deve ser feita pelos 174 homens lotados na Assembleia e, sempre que solicitado reforço, eu estou sempre à disposição para mandar, como mandei hoje. Essa discussão política eu não entro nela porque eu nunca fui candidato a nada na minha vida”, finalizou.
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