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Rubem é cauteloso ao comentar citação de Heráclito em delação

“Vejo com muita tristeza e muita preocupação e achando que é o desmoronamento do mundo político. Mas especificamente do deputado Heráclito eu não sei", disse o deputado estadual.

O deputado estadual Rubem Martins (PSB), em entrevista ao GP1 na manhã deste sábado (10), comentou a citação do colega de partido, o deputado federal Heráclito Fortes, na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, como um dos políticos que receberam caixa 2 da empreiteira. Nos pagamentos, Heráclito aparece com o codinome de “Boca Mole”. Também foi citado como beneficiário o deputado federal Paes Landim (PTB).

Rubem Martins foi cauteloso ao falar do assunto, mas afirmou que muitos políticos ainda vão aparecer nos depoimentos dos 77 executivos da Odebrecht que firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. “Eu não posso comentar até porque eu não vi essa matéria. Mas o que eu estou vendo no geral é que mais de 20 políticos a nível nacional foram citados”, lamentou.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado Rubem MartinsDeputado Rubem Martins

O pessebista também avaliou a situação com preocupação e afirmou que ainda não é possível prever as consequências das delações. “Vejo com muita tristeza e muita preocupação e achando que é o desmoronamento do mundo político. Mas especificamente do deputado Heráclito eu não sei. Estão chamando de ‘delação do fim do mundo’ e eu concordo, ninguém sabe no que dá tudo isso”, disse.

Questionado sobre como o Partido Socialista Brasileiro vai agir diante da citação de um dos seus membros como recebedores de caixa 2, Rubem Martins mais uma vez respondeu com cautela e disse ainda é cedo para tomar qualquer atitude. “Foi só uma delação ainda faltam várias. Vários governadores, ex-governadores de vários estados ainda serão citados”, ressaltou o deputado, que completou afirmando que todos os níveis do poder estão envolvidos, inclusive o Judiciário. “Uma delação que complica todo o mundo político, independente de partido, não tem ninguém puro, ninguém sem pecado. Vejo isso com muita preocupação, porque mostra o desequilíbrio”, finalizou.

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