O deputado estadual João de Deus (PT), em entrevista ao GP1 durante a inauguração da Casa da Gestante em Teresina na última quinta-feira (27), criticou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Teto dos Gastos Públicos, aprovada pela maioria dos deputados na Câmara e que tramita agora no Senado federal como PEC 55.
Para o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Piauí, o corte de investimentos não é uma saída para a crise econômica. “Você não tira um país como o nosso de uma crise cortando investimentos, pode cortar algo que está errado, melhorar a forma de aplicar o dinheiro público, mas não pode cortar linearmente e dizer que ninguém pode gastar mais do que arrecada. No fundo, todo mundo é a favor disso [não gastar mais do que arrecada], ocorre que estamos em um momento de baixa arrecadação e o Brasil precisa crescer”, declarou.
- Foto: Lucas Dias/GP1João de Deus
O parlamentar estadual colocou que parte da sociedade ainda não está informada o suficiente a respeito da proposta. “Sutilmente você pega a ingenuidade da população e a falta de informação para tentar passar de goela abaixo como uma coisa simpática que vai tirar o país do buraco, ainda assim, uma parcela da sociedade e do parlamento, junto dos movimentos organizados, está tentando alertar a população”, afirmou.
Por fim, o deputado caracterizou a proposta como perversa. “Essa é mais uma das medidas que vem reforçar que o golpe dado não era contra a presidenta Dilma ou o PT. O golpe tinha um objetivo maior, que era colocar a nossa economia, o nosso País com suas riquezas, a serviço das forças e dos interesses econômicos, isso está cada vez mais claro e mostra o quanto ela é perversa e o quanto vai ser danosa a sociedade, sobretudo aos mais pobres”, pontuou.
Wellington Dias
O governador do Piauí também se pronunciou a respeito da proposta, que visa estabelecer um limite para os gastos públicos por vinte anos. “O problema é que aquilo que estão vendendo não vai acontecer, ela [PEC], de um lado faz um controle de uma parte dos gastos, mas aquele gasto principal para a União, que é a dívida pública, ficou de fora”, observou.
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