Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters"Só falo disso no Brasil. Vamos esperar eu voltar e ouvir o PMDB, examinar o quadro geral", disse Temer
Nesta quarta-feira (16), o vice-presidente Michel Temer afirmou que antes de se manifestar publicamente sobre o pacote de ajustes fiscais, anunciado pela presidente na segunda (14), irá ouvir seu partido. “Só falo disso no Brasil. Vamos esperar eu voltar e ouvir o PMDB, examinar o quadro geral”, respondeu Temer, quando perguntado sobre o assunto.
Temer está em Varsóvia, na Polônia, para compromissos com autoridades nesta quarta (17). O vice presidente foi para a Polônia depois de visita a Moscou, na Rússia.
Ministros que acompanharam o vice na comitiva afirmam que ele buscará atuar em nome do partido em relação ao pacote de ajuste fiscal, afinando o discurso da legenda no Congresso.
Ao ser perguntado sobre a indicação de Giles Azevedo, assessor especial da Presidência, para cuidar da articulação política no Congresso, Temer disse: “O Giles é uma boa figura e colabora sempre com o governo, é o principal”.
A presidente da República, Dilma Rousseff, avisou o vice sobre os detalhes das medidas por telefone. Os colegas do PMDB reclamam o aumento da carga tributária. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, declarou que é improvável a aprovação da recriação da CPMF ainda em 2015.
Imagem: Fernando Gomes/Agência RBSMinistro saiu em defesa de seu cargo
O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, pediu “sensibilidade política” do governo na negociação no Congresso. “O corte e o aumento de impostos terão uma relação inversamente proporcional, quanto maior o corte, menor o aumento nos impostos, quanto menor o corte, maior o aumento de impostos. Aí o governo terá de ter sensibilidade política para ver onde é mais fácil transitar”, afirmou. O ministro saiu em defesa de seu cargo ao comentar a extinção de alguns ministérios como parte do ajuste, incluindo o seu, que segundo especulações, seria integrado ao Ministério dos Transportes. O ministro cogita a possibilidade de juntá-la a outra secretaria, como a Secretaria dos Portos.
“O que tenho bradado aos quatro ventos é que a aviação civil é um “case” de sucesso na administração pública brasileira. Tem que haver reflexão se é conveniente fazer um agrupamento ou se é mais importante ficar com alguma autonomia, quem sabe unindo apenas duas secretarias”, afirmou Padilha.
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |