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Política

Marcelo Castro declara que Eduardo Cunha deveria ter escolhido "relator mais submisso"

A declaração foi em resposta ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que criticou o piauiense ao afirmar que lhe faltou "inteligência política" em alguns pontos da refoma política.

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB), relator da reforma política, rebateu declarações do presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), de que o piauiense agiu com “paixão” e que lhe faltou “inteligência política” em alguns pontos da reforma, como na mudança no mandato de senadores.

Segundo Castro, Eduardo Cunha deveria ter escolhido um relator submisso: "Cunha escolheu o relator errado. Ele convive comigo há muitos anos, conhece o meu caráter e sabe as posições que eu venho assumindo. Ele devia ter escolhido um relator mais submisso às vontades dele".
Imagem: Lucas Dias/GP1Marcelo Castro(Imagem:Lucas Dias/GP1)Marcelo Castro
O presidente da Câmara criticou a atitude de Marcelo Castro de alterar a duração do mandato dos senadores. Em uma série de recuos, o relator inicialmente propôs um mandato de 5 anos, depois dobrou o período para 10 anos e posteriormente voltou à ideia inicial, de 5 anos de mandato. "Quando os deputados falam que vão alterar mandato de senador é quase que uma agressão. Já sabem que não vai passar lá. É uma falta de perspicácia política você querer impor o tamanho do mandato no Senado, é até falta de inteligência política", afirmou Eduardo Cunha. Ele convocou para quarta-feira (20) uma reunião entre os líderes partidários para discutir a reformulação do sistema político.

Embora critique o parecer de Marcelo Castro, o presidente da Câmara participou da indicação dele ao posto. "O Marcelo sempre atuou na reforma política, a gente já sabia que ele tinha um posicionamento. Mas eu já o vi mudar de posição. A gente, de uma certa forma, quis premiar todo o esforço dele nesses anos e partir do princípio que ao fim ele construiria um relatório. E um relatório que seguiria a orientação do partido, tanto que ele acabou seguindo no distritão", disse Cunha. E continuou: "As pessoas se apaixonam por suas teses e acabam ficando com as teses irreversíveis. Mas a gente tem que tomar um pouco de cuidado".
Imagem: Ailton de Freitas / O GloboEduardo Cunha, Presidente da Câmara (Imagem:Ailton de Freitas / O Globo)Eduardo Cunha, Presidente da Câmara
A votação do relatório de Marcelo Castro deve acontecer nesta terça-feira (19), mas Cunha defende que nem sequer haja votação. Se houver conclusão, o trabalho do colegiado deve passar por expressivas mudanças e acabar praticamente esvaziado.

*Com informações de Veja.com

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