O site do jornal O Globo divulgou nesta terça-feira (23) a informação de que o ex-governador e candidato a senador, Wilson Martins (PSB), foi denunciado à Justiça Eleitoral acusado de esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 3,5 milhões.
A ação penal eleitoral – que chegou à Justiça quatro anos depois do início das apurações – diz que um esquema de lavagem de dinheiro foi montado em conluio com a Fundação Francisca Clarinda Lopes, com sede em Teresina. A instituição foi abastecida com R$3.521.832,42. Desses recursos, R$1.572.417,64 não tem identificação de origem e destino.
Confira abaixo reportagem na íntegra
Líder na corrida para a vaga ao Senado pelo Piauí, o ex-governador do Wilson Nunes Martins (PSB) foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por caixa dois e compra de votos na campanha de 2010. A Justiça Eleitoral do estado recebeu denúncia. Segundo a investigação da Polícia Federal e do MPE, a qual O GLOBO teve acesso, um esquema de financiamento paralelo de R$ 3,5 milhões ajudou a eleger o pessebista.
A ação penal eleitoral – que chegou à Justiça quatro anos depois do início das apurações – diz que um esquema de lavagem de dinheiro foi montado em conluio com a Fundação Francisca Clarinda Lopes, com sede em Teresina. A instituição foi abastecida com R$3.521.832,42. Desses recursos, R$1.572.417,64 não tem identificação de origem e destino.
“Tais recursos irrigaram as contas da fundação que atuou como uma espécie de "operadora financeira paralela" no âmbito da campanha”, diz o MPE na denúncia aceita pelo juiz eleitoral José Vidal de Freitas Filho.
Para o Ministério Público Eleitoral, foi comprovado uso de dinheiro público de prefeituras comandadas pelo PSB, estatais e do próprio governo do Piauí. Um dos exemplos é o pagamento de um convênio de R$ 350 mil firmado pelo Ministério do Turismo com dinheiro do estado e não da União.
“O modus operandi evidencia um esquema de lavagem de dinheiro que constitui na "injeção" de recursos públicos retirados das contas das prefeituras comandadas pelo PSB (partido do então candidato ao cargo de governo), de empresas públicas estatais e do próprio tesouro estadual; bem como recursos privados de origem não sabida carregados para as contas da Fundação e dissimulados como prestação de serviços desta ao governador-candidato (Caixa dois de campanha), formalmente legalizados pelo contrato de prestação de serviço firmado entre ambos, quando na realidade serviram para encobrir o fato de que a campanha eleitoral de Wilson Martins foi custeada em boa parte por verbas públicas”, afirma o MPE.
Além do caixa dois, segundo a PF e o MPE, houve compra de votos. Na época, quatro funcionários do comitê foram presos em flagrante numa busca e apreensão de provas na véspera do segundo turno de 2010. Em meio aos materiais de campanha, foram encontrados recibos de pagamentos, relação de eleitores, fichas de R$ 10 e R$ 20 timbradas pela fundação, vales transportes, além de cópias de documentos pessoais e títulos de eleitor e faturas de consumo de água e energia. Para o MPE, ficou caracterizado o crime de corrupção eleitoral e abuso de poder econômico.
De acordo com o advogado de Martins, William Guimarães, já foi apresentada defesa que comprova que não houve irregularidades na campanha de 2010. Ele lembrou que as contas do candidato foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
Imagem: Bernardo Marçal/GP1Wilson Martins
Segundo a reportagem, o Ministério Público Eleitoral denuncia Wilson por caixa dois e compra de votos na campanha de 2010. De acordo com a investigação da Polícia Federal e do MPE um esquema de financiamento paralelo de R$ 3,5 milhões ajudou a eleger o pessebista governador.A ação penal eleitoral – que chegou à Justiça quatro anos depois do início das apurações – diz que um esquema de lavagem de dinheiro foi montado em conluio com a Fundação Francisca Clarinda Lopes, com sede em Teresina. A instituição foi abastecida com R$3.521.832,42. Desses recursos, R$1.572.417,64 não tem identificação de origem e destino.
Confira abaixo reportagem na íntegra
Líder na corrida para a vaga ao Senado pelo Piauí, o ex-governador do Wilson Nunes Martins (PSB) foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por caixa dois e compra de votos na campanha de 2010. A Justiça Eleitoral do estado recebeu denúncia. Segundo a investigação da Polícia Federal e do MPE, a qual O GLOBO teve acesso, um esquema de financiamento paralelo de R$ 3,5 milhões ajudou a eleger o pessebista.
A ação penal eleitoral – que chegou à Justiça quatro anos depois do início das apurações – diz que um esquema de lavagem de dinheiro foi montado em conluio com a Fundação Francisca Clarinda Lopes, com sede em Teresina. A instituição foi abastecida com R$3.521.832,42. Desses recursos, R$1.572.417,64 não tem identificação de origem e destino.
“Tais recursos irrigaram as contas da fundação que atuou como uma espécie de "operadora financeira paralela" no âmbito da campanha”, diz o MPE na denúncia aceita pelo juiz eleitoral José Vidal de Freitas Filho.
Para o Ministério Público Eleitoral, foi comprovado uso de dinheiro público de prefeituras comandadas pelo PSB, estatais e do próprio governo do Piauí. Um dos exemplos é o pagamento de um convênio de R$ 350 mil firmado pelo Ministério do Turismo com dinheiro do estado e não da União.
“O modus operandi evidencia um esquema de lavagem de dinheiro que constitui na "injeção" de recursos públicos retirados das contas das prefeituras comandadas pelo PSB (partido do então candidato ao cargo de governo), de empresas públicas estatais e do próprio tesouro estadual; bem como recursos privados de origem não sabida carregados para as contas da Fundação e dissimulados como prestação de serviços desta ao governador-candidato (Caixa dois de campanha), formalmente legalizados pelo contrato de prestação de serviço firmado entre ambos, quando na realidade serviram para encobrir o fato de que a campanha eleitoral de Wilson Martins foi custeada em boa parte por verbas públicas”, afirma o MPE.
Além do caixa dois, segundo a PF e o MPE, houve compra de votos. Na época, quatro funcionários do comitê foram presos em flagrante numa busca e apreensão de provas na véspera do segundo turno de 2010. Em meio aos materiais de campanha, foram encontrados recibos de pagamentos, relação de eleitores, fichas de R$ 10 e R$ 20 timbradas pela fundação, vales transportes, além de cópias de documentos pessoais e títulos de eleitor e faturas de consumo de água e energia. Para o MPE, ficou caracterizado o crime de corrupção eleitoral e abuso de poder econômico.
De acordo com o advogado de Martins, William Guimarães, já foi apresentada defesa que comprova que não houve irregularidades na campanha de 2010. Ele lembrou que as contas do candidato foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
Ver todos os comentários | 0 |