O deputado federal Jesus Rodrigues (PT) enviou um artigo nesta segunda-feira (03) comentando sobre questões de parentes na política. Entre os casos ele cita o da deputada estadual Rejane Dias, esposa de Wellington Dias, que pretende se candidatar a deputada federal.
Em seu artigo, ele defende o direito de Rejane de se candidatar e declara que essa não é uma questão somente do PT, que em vários outros partidos também existe a mesma situação.
Jesus ainda declara que é necessário que o PT e o líder maior da coligação consigam passar para todos os candidatos e candidatas à Câmara Federal que não existirão favorecimentos, mesmo nos acordos de "confessionários ou pé-de-ouvido", como se diz popularmente. Para ele é preciso que se construa confiança, parceria e equilíbrio entre todas as candidaturas.
O deputado finalizou afirmando que vigiará atentamente para que se cumpra a equidade, e para que os outros candidatos se sintam seguros em fazer campanha ao lado de Rejane Dias.
Confira artigo!
A candidatura de Rejane Dias
Neste momento está na mídia o debate sobre a candidatura da Deputada Estadual Rejane Dias à Câmara Federal. Chegará o momento de candidaturas de outros Partidos, que envolvem relação de parentesco, também virem a debate.
Trazendo um pouco à baila a questão de parentes na política, nós, do PT, já tivemos de tudo, irmãos candidatos ao mesmo cargo eletivo, prefeito perseguido pelo Partido por indicar o pai secretário municipal, casal de secretários, primos secretários, irmã indicando irmã, e agora marido para um cargo e esposa para outro.
Nenhuma discussão mais séria foi realizada para definir o que é certo ou errado em qualquer um desses eventos, mas o assunto entra em debate na imprensa de tempos em tempos, não só por causa do PT, é claro, mas porque envolve a todos.
Antes que o leitor comece a fazer deduções, quero manifestar que defendo o direito de Rejane ser candidata. Em que pese o tema ter sido tabu no início do PT, em todas as minhas intervenções para a campanha de 2010 defendi o seu direito de ser candidata. Não seria agora, em 2014, que faria diferente.
Na campanha em si, a presença de um parente próximo causa mais ciúme que de um amigo próximo. É claro que as lideranças vêem que o parente, em especial a esposa, filho ou pai, gozarão de mais prestígio no governo e privilégios no tratamento de suas demandas. Outro aspecto que não pode ser esquecido é que o candidato majoritário vai desejar primeiro eleger a si próprio, depois o parente mais próximo, depois os aliados. Em eleições municipais é muito mais comum do que se pode imaginar. E a nível estadual, para não ganhar maiores dimensões, quero fazer algumas observações.
O PT deverá ter pelo menos três candidatos entre os outros pré-coligados. Somos, até agora, aproximadamente dez. É necessário que o Partido e o líder maior da coligação consigam passar para todos os candidatos e candidatas à Câmara Federal que não existirão favorecimentos, mesmo naqueles acordos de confessionários ou pé-de-ouvido, como se diz popularmente. É preciso que se construa confiança, parceria e equilíbrio entre todas as candidaturas. Não apenas do PT, mas dos Partidos coligados também. É sonhar demais? Claro que não.
A coligação funciona como um Partido. Entretanto, sabemos que cada um, isoladamente, vai buscar o seu fortalecimento, propondo o mesmo candidato majoritário e querendo o apoio de cada eleitor para seu candidato proporcional. A disputa nesse nível vai ocorrer e deve se desenvolver de forma saudável entre os candidatos proporcionais da mesma coligação, cada um com as bandeiras do seu Partido. E contra os adversários, a disputa deve se dar em alto nível.
Como pré-candidato a Deputado Federal pelo Partido líder na coligação, e espero que os demais também, em se cumprindo essa proposta de equidade, sintamo-nos seguros em fazer campanha ao lado de Rejane Dias. Nisso eu confiarei, porém, vigiarei atentamente.
AUTOR: Jesus Rodrigues
Dep. Federal PT/PI
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Em seu artigo, ele defende o direito de Rejane de se candidatar e declara que essa não é uma questão somente do PT, que em vários outros partidos também existe a mesma situação.
Imagem: Francyelle Elias/ GP1Deputado federal Jesus Rodrigues
Jesus ainda declara que é necessário que o PT e o líder maior da coligação consigam passar para todos os candidatos e candidatas à Câmara Federal que não existirão favorecimentos, mesmo nos acordos de "confessionários ou pé-de-ouvido", como se diz popularmente. Para ele é preciso que se construa confiança, parceria e equilíbrio entre todas as candidaturas.
O deputado finalizou afirmando que vigiará atentamente para que se cumpra a equidade, e para que os outros candidatos se sintam seguros em fazer campanha ao lado de Rejane Dias.
Confira artigo!
A candidatura de Rejane Dias
Neste momento está na mídia o debate sobre a candidatura da Deputada Estadual Rejane Dias à Câmara Federal. Chegará o momento de candidaturas de outros Partidos, que envolvem relação de parentesco, também virem a debate.
Trazendo um pouco à baila a questão de parentes na política, nós, do PT, já tivemos de tudo, irmãos candidatos ao mesmo cargo eletivo, prefeito perseguido pelo Partido por indicar o pai secretário municipal, casal de secretários, primos secretários, irmã indicando irmã, e agora marido para um cargo e esposa para outro.
Nenhuma discussão mais séria foi realizada para definir o que é certo ou errado em qualquer um desses eventos, mas o assunto entra em debate na imprensa de tempos em tempos, não só por causa do PT, é claro, mas porque envolve a todos.
Antes que o leitor comece a fazer deduções, quero manifestar que defendo o direito de Rejane ser candidata. Em que pese o tema ter sido tabu no início do PT, em todas as minhas intervenções para a campanha de 2010 defendi o seu direito de ser candidata. Não seria agora, em 2014, que faria diferente.
Na campanha em si, a presença de um parente próximo causa mais ciúme que de um amigo próximo. É claro que as lideranças vêem que o parente, em especial a esposa, filho ou pai, gozarão de mais prestígio no governo e privilégios no tratamento de suas demandas. Outro aspecto que não pode ser esquecido é que o candidato majoritário vai desejar primeiro eleger a si próprio, depois o parente mais próximo, depois os aliados. Em eleições municipais é muito mais comum do que se pode imaginar. E a nível estadual, para não ganhar maiores dimensões, quero fazer algumas observações.
O PT deverá ter pelo menos três candidatos entre os outros pré-coligados. Somos, até agora, aproximadamente dez. É necessário que o Partido e o líder maior da coligação consigam passar para todos os candidatos e candidatas à Câmara Federal que não existirão favorecimentos, mesmo naqueles acordos de confessionários ou pé-de-ouvido, como se diz popularmente. É preciso que se construa confiança, parceria e equilíbrio entre todas as candidaturas. Não apenas do PT, mas dos Partidos coligados também. É sonhar demais? Claro que não.
A coligação funciona como um Partido. Entretanto, sabemos que cada um, isoladamente, vai buscar o seu fortalecimento, propondo o mesmo candidato majoritário e querendo o apoio de cada eleitor para seu candidato proporcional. A disputa nesse nível vai ocorrer e deve se desenvolver de forma saudável entre os candidatos proporcionais da mesma coligação, cada um com as bandeiras do seu Partido. E contra os adversários, a disputa deve se dar em alto nível.
Como pré-candidato a Deputado Federal pelo Partido líder na coligação, e espero que os demais também, em se cumprindo essa proposta de equidade, sintamo-nos seguros em fazer campanha ao lado de Rejane Dias. Nisso eu confiarei, porém, vigiarei atentamente.
AUTOR: Jesus Rodrigues
Dep. Federal PT/PI
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