O PSDB é contra um segundo depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPMI do Cachoeira. Em entrevista nesta quarta-feira (18), o líder do partido na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), disse que o novo requerimento apresentado para ouvir o tucano se trata de uma nítida ação político-partidária e avisou: "terá total revide".
Araújo está em Goiânia para prestar condolências a Perillo. A mãe do governador, Maria Pires Perillo, de 74 anos, morreu nesta madrugada, por falência múltipla dos órgãos em decorrência de um câncer.
Durante o velório, no Cemitério Parque Memorial, o deputado conversou com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, sobre a escuta gravada pela PF em que o gestor goiano conversa com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso durante a Operação Monte Carlo e acusado de comandar um esquema de jogos ilegais no estado e corrupção de agentes públicos. Rincón vai depor à CPI no dia 22 de Agosto.
O deputado desqualificou as gravações divulgadas. "As escutas são postas de forma pulverizada. Pinçam as coisas que querem para montar uma história", disse Araújo. Para o deputado pernambucano, os contratos do governo de Goiás e o episódio da venda da casa de Perillo estão sendo usados para encobrir "grande falcatruas da Delta com o governo federal" e, sobretudo, tirar o foco do julgamento do mensalão, marcado para o mês de agosto.
Neste fim de semana, reportagem da revista "Época" mostrou relatório da Policia Federal segundo o qual Perillo tinha um "acerto" para receber propina da Construtora Delta, através de Cachoeira, em troca da liberação de pagamentos por serviços da empreiteira prestados ao estado. A propina, de R$ 500 mil, teria sido embutida no pagamento a Perillo por meio da venda de sua casa, a mesma em que o bicheiro foi preso.
Perillo classificou como “infame e desleal” a afirmação de um suposto acerto para que o atual governo do estado pagasse em dia as faturas da empresa Delta. Em nota enviada à imprensa na segunda (16), ele reafirmou não ter tratado da venda da casa com a empreiteira nem com o contraventor. Também apresentou um estrato de pagamentos feitos à construtora em 2011 para mostrar que ele ocorrem de forma regular, e não apenas nos meses em que mostrou a reportagem.
Araújo argumenta que o PSDB governa metade da população e do Produto Interno Bruto (PIB) do país - com governadores em sete estados, entre eles São Paulo, o mais rico e mais populoso -, no entanto, detém apenas 6% dos contratos com a empreiteira suspeita de ter ligação com Cachoeira. "Cerca de 94% dos contratos públicos da Delta estão nas mãos de PT, PR e PMDB", reclamou.
O deputado de Pernambuco criticou duramente a atuação do vice-presidente da CPMI, Paulo Teixeira (PT-SP). "O vice-presidente usurpou o lugar do relator, antecipou o julgamento falando em indiciamento do governador. Na ânsia de bajular uma incumbência partidária, eles estão se atropelando", disse, antes de sair para almoçar como Marconi Perillo.
Araújo está em Goiânia para prestar condolências a Perillo. A mãe do governador, Maria Pires Perillo, de 74 anos, morreu nesta madrugada, por falência múltipla dos órgãos em decorrência de um câncer.
Imagem: Gabriela Lima/G1Bruno Araújo conversa com Jayme Rincón durante velório em Goiânia
Durante o velório, no Cemitério Parque Memorial, o deputado conversou com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, sobre a escuta gravada pela PF em que o gestor goiano conversa com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso durante a Operação Monte Carlo e acusado de comandar um esquema de jogos ilegais no estado e corrupção de agentes públicos. Rincón vai depor à CPI no dia 22 de Agosto.
O deputado desqualificou as gravações divulgadas. "As escutas são postas de forma pulverizada. Pinçam as coisas que querem para montar uma história", disse Araújo. Para o deputado pernambucano, os contratos do governo de Goiás e o episódio da venda da casa de Perillo estão sendo usados para encobrir "grande falcatruas da Delta com o governo federal" e, sobretudo, tirar o foco do julgamento do mensalão, marcado para o mês de agosto.
Neste fim de semana, reportagem da revista "Época" mostrou relatório da Policia Federal segundo o qual Perillo tinha um "acerto" para receber propina da Construtora Delta, através de Cachoeira, em troca da liberação de pagamentos por serviços da empreiteira prestados ao estado. A propina, de R$ 500 mil, teria sido embutida no pagamento a Perillo por meio da venda de sua casa, a mesma em que o bicheiro foi preso.
Perillo classificou como “infame e desleal” a afirmação de um suposto acerto para que o atual governo do estado pagasse em dia as faturas da empresa Delta. Em nota enviada à imprensa na segunda (16), ele reafirmou não ter tratado da venda da casa com a empreiteira nem com o contraventor. Também apresentou um estrato de pagamentos feitos à construtora em 2011 para mostrar que ele ocorrem de forma regular, e não apenas nos meses em que mostrou a reportagem.
Araújo argumenta que o PSDB governa metade da população e do Produto Interno Bruto (PIB) do país - com governadores em sete estados, entre eles São Paulo, o mais rico e mais populoso -, no entanto, detém apenas 6% dos contratos com a empreiteira suspeita de ter ligação com Cachoeira. "Cerca de 94% dos contratos públicos da Delta estão nas mãos de PT, PR e PMDB", reclamou.
Imagem: Gabriela Lima/G1Emocionado, Perillo recebe condolências de políticos e familiares
O deputado de Pernambuco criticou duramente a atuação do vice-presidente da CPMI, Paulo Teixeira (PT-SP). "O vice-presidente usurpou o lugar do relator, antecipou o julgamento falando em indiciamento do governador. Na ânsia de bajular uma incumbência partidária, eles estão se atropelando", disse, antes de sair para almoçar como Marconi Perillo.
Ver todos os comentários | 0 |