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Política

PSB busca Geraldo Alckmin e Eduardo Campos para contrapor Lula e Dilma em Campinas

Presença dos dois fortes cabos eleitorais na campanha de Jonas Donizette servirá para confrontar a estratégia do adversário, Márcio Pochmann (PT).

O candidato do PSB a prefeito de Campinas, Jonas Donizette, fechou a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos - presidente nacional do PSB -, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em sua campanha nesse segundo turno. A presença dos dois cabos eleitorais ilustres, ainda sem data definida, confronta a estratégia do adversário, Márcio Pochmann (PT), que reforçará a associação de sua imagem com a de lideranças nacionais petistas.

O candidato solicitou uma nova etapa de gravações para os programas eleitorais com Alckmin e também sua participação em eventos de campanha, segundo afirmou o chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo. “Essa participação deve ocorrer nos finais de semana.”

A presença do governador paulista é considerada estratégica para o PSB, para responder aos ataques que o candidato sofreu durante todo o primeiro turno. Jonas foi acusado pelos adversários de ser favorável à instalação de pedágios urbanos na cidade. Alckmin chegou a visitar Campinas no primeiro turno, um dia após a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para “desmentir” as acusações contra o aliado.

“Quando nós começamos a campanha, a pesquisa nos deu 43% das intenções de voto. Nós fomos alvos de ataques o tempo todo. Boatos que foram desmentidos, mas infelizmente essas coisas pesam na hora do voto. Mas mantivemos uma intenção muito alta, faltou muito pouquinho. E, sinceramente, eu não vejo defeito nenhum em nossa campanha. Vamos continuar confiando nesse pouquinho que faltou”, afirmou Donizette.

A visita do presidente nacional do PSB ainda não tem data, mas nesta segunda o candidato trocou mensagens com ele. O governador pernambucano se colocou à disposição da campanha para o segundo turno. Principal liderança do partido, Campos tem visiatdo os principais colégios eleitorais onde a legenda teve candidato para dar apoio e ganhar musculatura política para uma eventual disputa presidencial em 2014.

Rumo certo. Com 245 mil votos no primeiro turno, uma vantagem de quase 100 mil para Pochmann, Jonas defende que não vai mudar sua estratégia para buscar os 3% de votos válidos que lhe faltaram para definir a disputa neste domingo, 7.

“Durante o primeiro turno, as pesquisas mostraram que eu era a segunda opção do eleitor dos demais candidatos. Nós fomos a única candidatura, desde o início da campanha eleitoral, que só aumentou o seu percentual de aprovação. O resultado mostra a nossa capacidade de crescer”, avaliou Jonas.

PV. Ainda nesta segunda, o partido oficializou a primeira aliança do segundo turno em Campinas. O candidato do PV a prefeitura, Rogério Menezes, que teve a candidatura impugnada, entregou uma carta de compromisso para Jonas. O documento traz propostas como descentralização da cultura, programa de acessibilidade e criação de uma secretaria do verde e do desenvolvimento sustentável, e foi assinado pelo candidato.

O candidato do PV recebeu 14 mil votos, que não foram divulgados pela Justiça Eleitoral, porque seu vice foi impugnado e derrubou a candidatura na sexta-feira, 5. O PSB também deve fechar aliança nos próximos dias com o candidato do PRTB, Dr. Campos, que teve 4 mil votos.

O PSB também não vai deixar de conversar com o PMDB e tentar usar ogoverno Alckmin para aproximar o partido em Campinas, mas o candidato tem lembrado que não são as lideranças as “donas do voto”. “O dono do voto é o eleitor e não quem ele votou.”
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