Em sua quarta campanha a Prefeito de São Paulo, o candidato do PSDB, José Serra, garantiu no domingo, 7, em primeiro lugar, uma vaga no 2.º turno da eleição. Em uma corrida eleitoral considerada "imprevisível" pelo comando do seu partido, o tucano aposta no perfil antipetista, reafirmado logo no início do discurso em que celebrou a ida ao 2.º turno.
"Quero reiterar aqui que, para mim, a ação política é revestida de valores, que é uma coisa que no Brasil ameaçou sair de moda e que felizmente, com o nosso Supremo Tribunal Federal, está voltando à moda", afirmou Serra, em referência indireta ao julgamento do mensalão.
O tucano sustentou que não pretende "bater na tecla de valores", mas disse que a população "gosta" do tema. "Isso ocupa o centro do noticiário, mas o PT gosta de passar a ideia de que discutir isso não pode. Como eles têm rabo preso, falam isso. Não tenho nenhum mal entendido com meu passado ou com valores. Quem tem isso é o PT", afirmou Serra, que votou pela manhã acompanhado do neto Antônio, de 9 anos, e de aliados: o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), além do candidato a vice Alexandre Schneider (PSD).
A fala sobre o mensalão dá início à estratégia tucana de reforçar o discurso sobre ética e corrupção. Nesta semana, o STF deve terminar o julgamento do núcleo político do mensalão, formado por réus ligados ao PT, como o ex-ministro José Dirceu. A tática foi usada no primeiro turno, nas inserções no rádio e na TV. Na reta final da disputa, os tucanos distribuíram panfletos pela zona leste nos quais diziam: "Diga não ao mensalão, não vote no PT nesta eleição". No texto, o PSDB dizia: "Não vote em partido envolvido com corrupção".
Na avaliação dos integrantes da campanha de Serra, o 2.º turno será uma disputa mais politizada, resgatando o clássico confronto entre petistas e tucanos pelo Brasil. Os tucanos usarão a figura do governador Mario Covas (1933-2001) para dizer que não adianta ter propostas e projetos para a cidade se não houver ética na política. "A questão da ética será central", disse o deputado Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha.
A disputa com Haddad é considerada mais dura pelo PSDB do que seria com Celso Russomanno (PRB). Isso porque o comando tucano avalia que os petistas têm mais estrutura na capital e mais condições de captar recursos, além de contarem com a ajuda do governo federal.
A campanha de Serra também pretende promover um embate comparativo com o PT. Primeiro, mostrar o que chamam de "dimensão política" da figura de Serra e comparar o que ele fez pelo País com o que Haddad já teria feito. Também vão fazer comparativos das gestões Serra/Gilberto Kassab (PSD) com as de Marta Suplicy (2001-2004) e Luiza Erundina (1989-1992), que administrou a cidade pelo PT.
A ideia é mostrar que o modelo tucano de governar rendeu mais para a cidade que o modelo petista. Serão mostrados números favoráveis ao tucano e imagens de greves e problemas na cidade nas áreas de saúde, por exemplo, quando a capital era administrada pelo PT.
Susto. O tucano estreou como líder nas pesquisas, com 30% da preferência dos eleitores em março. Depois, começou a perder força, à medida que Celso Russomanno (PRB) se consolidava como líder isolado.
O desempenho acendeu sinal amarelo na coordenação da campanha, que resolveu alterar a estratégia. Na reta final, o tucano calibrou o discurso e intensificou ações voltadas para o eleitor simpático ao PSDB e que flertava com Russomanno.
Colocou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na propaganda na TV, o que havia evitado fazer na eleição presidencial de 2010. Também colou sua imagem na do governador Geraldo Alckmin, considerado o tucano mais bem avaliado pelo eleitor.
A relação com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), seu vice em 2004, foi uma das principais fragilidades da campanha, em razão dos altos índices de reprovação da sua administração.
O comando da campanha optou por deixar Kassab nos bastidores, embora a gestão dele tenha sido defendida por Serra em debates e na propaganda na TV.
"Quero reiterar aqui que, para mim, a ação política é revestida de valores, que é uma coisa que no Brasil ameaçou sair de moda e que felizmente, com o nosso Supremo Tribunal Federal, está voltando à moda", afirmou Serra, em referência indireta ao julgamento do mensalão.
O tucano sustentou que não pretende "bater na tecla de valores", mas disse que a população "gosta" do tema. "Isso ocupa o centro do noticiário, mas o PT gosta de passar a ideia de que discutir isso não pode. Como eles têm rabo preso, falam isso. Não tenho nenhum mal entendido com meu passado ou com valores. Quem tem isso é o PT", afirmou Serra, que votou pela manhã acompanhado do neto Antônio, de 9 anos, e de aliados: o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), além do candidato a vice Alexandre Schneider (PSD).
A fala sobre o mensalão dá início à estratégia tucana de reforçar o discurso sobre ética e corrupção. Nesta semana, o STF deve terminar o julgamento do núcleo político do mensalão, formado por réus ligados ao PT, como o ex-ministro José Dirceu. A tática foi usada no primeiro turno, nas inserções no rádio e na TV. Na reta final da disputa, os tucanos distribuíram panfletos pela zona leste nos quais diziam: "Diga não ao mensalão, não vote no PT nesta eleição". No texto, o PSDB dizia: "Não vote em partido envolvido com corrupção".
Na avaliação dos integrantes da campanha de Serra, o 2.º turno será uma disputa mais politizada, resgatando o clássico confronto entre petistas e tucanos pelo Brasil. Os tucanos usarão a figura do governador Mario Covas (1933-2001) para dizer que não adianta ter propostas e projetos para a cidade se não houver ética na política. "A questão da ética será central", disse o deputado Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha.
A disputa com Haddad é considerada mais dura pelo PSDB do que seria com Celso Russomanno (PRB). Isso porque o comando tucano avalia que os petistas têm mais estrutura na capital e mais condições de captar recursos, além de contarem com a ajuda do governo federal.
A campanha de Serra também pretende promover um embate comparativo com o PT. Primeiro, mostrar o que chamam de "dimensão política" da figura de Serra e comparar o que ele fez pelo País com o que Haddad já teria feito. Também vão fazer comparativos das gestões Serra/Gilberto Kassab (PSD) com as de Marta Suplicy (2001-2004) e Luiza Erundina (1989-1992), que administrou a cidade pelo PT.
A ideia é mostrar que o modelo tucano de governar rendeu mais para a cidade que o modelo petista. Serão mostrados números favoráveis ao tucano e imagens de greves e problemas na cidade nas áreas de saúde, por exemplo, quando a capital era administrada pelo PT.
Susto. O tucano estreou como líder nas pesquisas, com 30% da preferência dos eleitores em março. Depois, começou a perder força, à medida que Celso Russomanno (PRB) se consolidava como líder isolado.
O desempenho acendeu sinal amarelo na coordenação da campanha, que resolveu alterar a estratégia. Na reta final, o tucano calibrou o discurso e intensificou ações voltadas para o eleitor simpático ao PSDB e que flertava com Russomanno.
Colocou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na propaganda na TV, o que havia evitado fazer na eleição presidencial de 2010. Também colou sua imagem na do governador Geraldo Alckmin, considerado o tucano mais bem avaliado pelo eleitor.
A relação com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), seu vice em 2004, foi uma das principais fragilidades da campanha, em razão dos altos índices de reprovação da sua administração.
O comando da campanha optou por deixar Kassab nos bastidores, embora a gestão dele tenha sido defendida por Serra em debates e na propaganda na TV.
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