O site WikiLeaks divulgou telegrama em que o senador Heráclito Fortes (DEM) sugeriu que o governo dos Estados Unidos estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças de Venezuela, Irã e Rússia. Em correspondência assinada pelo ex-embaixador americano Clifford Sobel, o diplomata relata o diálogo com Heráclito, que na época presidia a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado. Veja aqui matéria
Veja nota na íntegra
WIKILEAKS: VERDADE E RESPONSABILIDADE
Sobre a citação de seu nome em telegramas de diplomatas norte-americanos vazados pelo site Wikileaks, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) esclarece:
Boa parte do que dizem estes informes são resultado de discussões públicas em sessões abertas realizadas pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da qual fui membro e presidente. Não há nada de secreto nisso. Da mesma forma, porém, que um jornalista não pode ser responsabilizado pelo título – às vezes absurdo, como no caso atual – que sua matéria recebe, não posso também ser responsabilizado pelas interpretações e pelo uso, muitas vezes descontextualizado, que diplomatas, na ânsia de mostrar serviço aos seus governos, fizeram de declarações e observações minhas abordadas em público.
Jamais quis “armar o país contra a Venezuela” ou estimular produção de armas para conter avanço de quem quer que seja no continente sul-americano, e muito menos fiz apelos desesperados e aflitos a diplomatas dos Estados Unidos a respeito de qualquer tema, muito menos sobre eventual corrida armamentista na região. Não é do meu feitio, não é do meu estilo, foge ao meu perfil e às minhas convicções.
O único apelo, por assim dizer, que fiz, inclusive à Secretária de Estado, Hillary Clinton, era para que os Estados Unidos dessem a devida importância à União Parlamentar Internacional, da qual eles se recusam a participar, em prejuízo deles próprios. Defendo que a diplomacia parlamentar é um elo de fortalecimento da relação entre os nossos países e deve ser exercida em todos os foros.
E, de funcionários da embaixada, recebi certa vez um apelo para que interviesse junto ao Itamaraty a fim de desembaraçar uma questão burocrática. Sempre tive excelente relacionamento pessoal com o embaixador Clifford Sobel, entre outros. Considero, no entanto, desconcertante ver agora que uma grande potência como os EUA tenham uma diplomacia frágil, muitas vezes exercida por pessoas não qualificadas para a grandeza da tarefa que têm a desempenhar.
Atenciosamente,
Senador Heráclito Fortes
Imagem: Geraldo MagelaSenador Heráclito Fortes
Para explicar as informações divulgadas pelo site, o senador enviou à redação do portal GP1 uma nota em que afirma: "Boa parte do que dizem estes informes são resultado de discussões públicas em sessões abertas realizadas pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da qual fui membro e presidente. Não há nada de secreto nisso", diz trecho da nota.Veja nota na íntegra
WIKILEAKS: VERDADE E RESPONSABILIDADE
Sobre a citação de seu nome em telegramas de diplomatas norte-americanos vazados pelo site Wikileaks, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) esclarece:
Boa parte do que dizem estes informes são resultado de discussões públicas em sessões abertas realizadas pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da qual fui membro e presidente. Não há nada de secreto nisso. Da mesma forma, porém, que um jornalista não pode ser responsabilizado pelo título – às vezes absurdo, como no caso atual – que sua matéria recebe, não posso também ser responsabilizado pelas interpretações e pelo uso, muitas vezes descontextualizado, que diplomatas, na ânsia de mostrar serviço aos seus governos, fizeram de declarações e observações minhas abordadas em público.
Jamais quis “armar o país contra a Venezuela” ou estimular produção de armas para conter avanço de quem quer que seja no continente sul-americano, e muito menos fiz apelos desesperados e aflitos a diplomatas dos Estados Unidos a respeito de qualquer tema, muito menos sobre eventual corrida armamentista na região. Não é do meu feitio, não é do meu estilo, foge ao meu perfil e às minhas convicções.
O único apelo, por assim dizer, que fiz, inclusive à Secretária de Estado, Hillary Clinton, era para que os Estados Unidos dessem a devida importância à União Parlamentar Internacional, da qual eles se recusam a participar, em prejuízo deles próprios. Defendo que a diplomacia parlamentar é um elo de fortalecimento da relação entre os nossos países e deve ser exercida em todos os foros.
E, de funcionários da embaixada, recebi certa vez um apelo para que interviesse junto ao Itamaraty a fim de desembaraçar uma questão burocrática. Sempre tive excelente relacionamento pessoal com o embaixador Clifford Sobel, entre outros. Considero, no entanto, desconcertante ver agora que uma grande potência como os EUA tenham uma diplomacia frágil, muitas vezes exercida por pessoas não qualificadas para a grandeza da tarefa que têm a desempenhar.
Atenciosamente,
Senador Heráclito Fortes
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