O Portal GP1 publicou na última segunda-feira (18) no Blog da Redação um comentário feito pelo delegado da Polícia Civil, Francisco Carlos do Bonfim Filho, que fez um comentário sobre a matéria intitulada: “Tribunal de Justiça manda soltar ex-vereador acusado de vender carros clonados no Piauí”. Bonfim mostrou-se indignado com as leis do Brasil e criticou os advogados ao dizer que: “os advogados deitam e rolam recebendo os honorários com o dinheiro sujo”.
Na última segunda feira, a Direção da OAB do Piauí já havia emitido uma nota rebatendo as declarações do delegado da Polícia Civil Bonfim Filho (CLIQUE AQUI)
Agora em resposta, a OAB Nacional, através do seu secretário Geral, Marcus Vinicius e dos conselheiros federais Norberto Campelo e William Guimarães, também enviou nota de repúdio. Na nota, a Ordem dos Advgodados do Brasil classificou como agressivas e ofensivas as declarações do delegado Bonfim Filho
Veja nota na íntegra:
As afirmações feitas pelo Delegado Bonfim, em que pese alegar que tem direito, como qualquer cidadão, de manifestar sua opinião, não condizem com o cargo que ocupa. As ofensas proferidas por uma autoridade policial, além de se constituir em absurdo, são irresponsáveis, em razão do cargo que ocupa.
Em sua resposta à nota de repúdio da OAB, vê-se claramente que o Delegado se apóia na opinião pública, com a qual não deveria se preocupar, já que é um agente do Estado, pago pela sociedade para garantir segurança, respeitando o Estado de direito e as instituições.
Pela sua resposta, observa-se que o Delegado tem saudade da época da ditadura, onde se conseguia "solucionar" os casos policiais com a tortura e a barbárie, sem a presença de um advogado.
Os agentes do Estado têm obrigação funcional de atuar eficazmente no combate ao crime, respeitando os direitos e garantias individuais e coletivos, respeitando as Leis e os profissionais que atual no processo, e jamais jogar com a opinião pública para macular a imagem de instituições e categorias profissionais.
A falência das instituições repressoras do crime não podem ser atribuídas a ninguém em particular.
O comportamento agressivo e desarrazoado do Delegado não contribui para a harmonia que deve permear na relação entre advogados e Delegados de Polícia, prestando, assim, um desserviço à sociedade.
Incompreensível tal comportamento gracioso, sem qualquer razão de ser, sendo injustificável tamanha agressividade, que em nada contribui com a consolidação da democracia no País.
Não podemos aceitar tamanho desrespeito de ninguém, mas temos que combater com maior veemência quando partindo de quem tem o dever de garantir segurança para todos.
Não temos nenhuma intenção em polemizar o assunto, mas apenas contribuir com o restabelecimento da verdade.
A Seccional do Piauí conta com o irrestrito apoio do Conselho Federal na defesa dos advogados Piauienses, acreditando firmemente no diálogo, reafirmando que as palavras ofensivas devem servir para que se busque uma maior aproximação com os dirigentes da Polícia Civil no Estado, como também com os dirigentes de sindicatos e Associações.
Desrespeitar os advogados e a OAB é desrespeitar a sociedade.
Norberto Campelo
Conselheiro Federal da OAB e Presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais do Conselho Federal
Marcos Vinicius
Secretário Geral da OAB
William Guimarães
Conselheiro Federal e Presidente da Comissão de Relacionamento com o Poder Judiciário
Na última segunda feira, a Direção da OAB do Piauí já havia emitido uma nota rebatendo as declarações do delegado da Polícia Civil Bonfim Filho (CLIQUE AQUI)
Agora em resposta, a OAB Nacional, através do seu secretário Geral, Marcus Vinicius e dos conselheiros federais Norberto Campelo e William Guimarães, também enviou nota de repúdio. Na nota, a Ordem dos Advgodados do Brasil classificou como agressivas e ofensivas as declarações do delegado Bonfim Filho
Veja nota na íntegra:
As afirmações feitas pelo Delegado Bonfim, em que pese alegar que tem direito, como qualquer cidadão, de manifestar sua opinião, não condizem com o cargo que ocupa. As ofensas proferidas por uma autoridade policial, além de se constituir em absurdo, são irresponsáveis, em razão do cargo que ocupa.
Em sua resposta à nota de repúdio da OAB, vê-se claramente que o Delegado se apóia na opinião pública, com a qual não deveria se preocupar, já que é um agente do Estado, pago pela sociedade para garantir segurança, respeitando o Estado de direito e as instituições.
Pela sua resposta, observa-se que o Delegado tem saudade da época da ditadura, onde se conseguia "solucionar" os casos policiais com a tortura e a barbárie, sem a presença de um advogado.
Os agentes do Estado têm obrigação funcional de atuar eficazmente no combate ao crime, respeitando os direitos e garantias individuais e coletivos, respeitando as Leis e os profissionais que atual no processo, e jamais jogar com a opinião pública para macular a imagem de instituições e categorias profissionais.
A falência das instituições repressoras do crime não podem ser atribuídas a ninguém em particular.
O comportamento agressivo e desarrazoado do Delegado não contribui para a harmonia que deve permear na relação entre advogados e Delegados de Polícia, prestando, assim, um desserviço à sociedade.
Incompreensível tal comportamento gracioso, sem qualquer razão de ser, sendo injustificável tamanha agressividade, que em nada contribui com a consolidação da democracia no País.
Não podemos aceitar tamanho desrespeito de ninguém, mas temos que combater com maior veemência quando partindo de quem tem o dever de garantir segurança para todos.
Não temos nenhuma intenção em polemizar o assunto, mas apenas contribuir com o restabelecimento da verdade.
A Seccional do Piauí conta com o irrestrito apoio do Conselho Federal na defesa dos advogados Piauienses, acreditando firmemente no diálogo, reafirmando que as palavras ofensivas devem servir para que se busque uma maior aproximação com os dirigentes da Polícia Civil no Estado, como também com os dirigentes de sindicatos e Associações.
Desrespeitar os advogados e a OAB é desrespeitar a sociedade.
Norberto Campelo
Conselheiro Federal da OAB e Presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais do Conselho Federal
Marcos Vinicius
Secretário Geral da OAB
William Guimarães
Conselheiro Federal e Presidente da Comissão de Relacionamento com o Poder Judiciário
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