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Política

Professores prometem denunciar Reitor da UFPI ao Ministério Público Federal

Além disso, os docentes deliberaram sobre outras ações, como a ocupação da Reitoria da UFPI.

Hoje (14), a Diretoria da Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI-Seção Sindical) tomou uma série de providências encaminhadas pelos professores da UFPI, durante a Assembléia Geral de ontem (13), no auditório do Sindicato. O presidente da ADUFPI, Francisco Cardoso (foto), já está em mãos com ação a ser ajuizada no Ministério Público Federal contra o Ato arbitrário da Reitoria da UFPI, nº 538/09, que retira prerrogativas garantidas no Regimento Geral da UFPI dos diretores de Centros da Universidade, de Chefes de Departamentos e coordenadores de cursos para oferta de disciplinas e redistribuição de carga horária dos docentes, entre outras atribuições, passando essas tarefas, inerentes ao dia-a-dia dos cursos, ao setor de recursos humanos da UFPI, sem consulta ou aprovação dos conselhos.


Além disso, os docentes deliberaram sobre outras ações, como a ocupação da Reitoria da UFPI até que sejam nomeados o diretor e vice do Centro de Tecnologia (CT), eleitos democraticamente, mas que ainda não tiveram o direito de exercer os cargos. Outra deliberação foi a formalização de denúncia junto ao MPF com intuito de apurar possível crime de prevaricação do coordenador da CAP/PRAEC, professor Antonio José Gomes, que, em documento, afirma haver “professores que recebem mensalmente os salários sem descontos e não aparecem para cumprir suas responsabilidades”.

“Ora, se existem professores que têm faltado com suas responsabilidades na Universidade e a administração superior sabe, nós exigimos que seja divulgada a lista com nomes e cursos de cada um deles e exigimos do Reitor uma punição para estes docentes. De outro modo, soltar documento ofendendo toda a categoria, ao generalizar uma denúncia vaga, é desrespeito”, disse Cardoso.

Durante a Assembléia, alguns professores denunciaram que a administração superior da UFPI tem contratado pessoas de fora do quadro técnico e de docentes da instituição para ocuparem cargos de comissão, com salários que chegam a R$ 4 mil. “A UFPI conta com aproximadamente 1.500 professores, sendo muito aposentados e aptos a trabalharem, com excelentes currículos e excelente qualificação, podendo contribuir efetivamente para o desenvolvimento da instituição e do Estado. Assim, a nossa Universidade não tem necessidade alguma de ter pessoas de fora do seu quadro exercendo funções que dizem respeito ao ensino, pesquisa e extensão. Esses comissionados, ligados inclusive a grupos políticos, desmoralizam e diminuem professores com o mais alto gabarito interno da UFPI”, criticou Cardoso.

Os professores também fizeram denúncias de colegas ligados à administração superior, que têm tido discurso moralizador interno, mas que têm atuado em funções de ensino em outras faculdades e órgãos públicos, mesmo sendo dedicação exclusiva (DE), o que contraria a lei.

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