Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados decidiram reagir após as últimas ações da Polícia Federal e diante de uma iminente prisão do ex-presidente da República. Nessa segunda-feira (12), Bolsonaro convocou um ato público na Avenida Paulista, em São Paulo, para o dia 25 de fevereiro.
Em vídeo que circulou nas redes sociais, o ex-mandatário convocou apoiadores, pedindo a todos que vistam verde e amarelo. No convite, Bolsonaro pediu que as pessoas evitem manifestações contra “quem quer que seja”, argumentando que pretende apenas se defender de todas as acusações que vêm recaindo sobre si.
“Estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado democrático de direito. Peço a todos que compareçam trajando verde e amarelo. E mais do que isso, não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja. Nesse evento eu pretendo me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses”, disse Bolsonaro.
Operação Tempus Veritatis
Deflagrada pela PF no dia 8 de fevereiro, a Operação Tempus Veritatis mirou suspeitos de atentarem contra o estado democrático de direito. Durante o cumprimento dos mandados, Bolsonaro teve de entregar seu passaporte à PF.
No dia 8 foram presos Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente, além dos militares Rafael Martins, tenente-coronel do Exército, e Marcelo Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também chegou a ser preso na quinta-feira, por porte ilegal de arma de fogo. Ele já se encontra em liberdade.
Na madrugada do domingo (11), foi preso Bernardo Romão Correa Neto, coronel do Exército. Ele estava nos Estados Unidos desde o fim do Governo Bolsonaro, enviado para uma missão no exterior com previsão de término em junho de 2025.