Um grupo de 41 deputados federais vai pedir, nesta quinta-feira (16), o impeachment do ministro Sílvio Almeida , do Ministério dos Direitos Humanos, que admitiu ter custeado, por meio da pasta, as passagens da mulher que ficou conhecida como “dama do tráfico amazonense”, em sua viagem a Brasília na semana passada.

Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico”, é esposa de um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas. Ela participou de uma conferência sobre direitos humanos na capital federal, realizada nos dias 6 e 7 deste mês. Seu nome foi indicado por um comitê local que integra o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Sílvio Almeida explicou que o Ministério dos Direitos Humanos apenas custeou as passagens, e que as indicações dos participantes na conferência são de competência dos comitês estaduais.

A “dama do tráfico” é presidente da ONG Instituto Liberdade do Amazonas, que, conforme a Polícia Civil, é ligada ao Comando Vermelho e trabalha em prol de detentos faccionados.

Segundo o pedido de impeachment, encabeçado pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), Sílvio Almeida teria praticado crime de responsabilidade por pagar as despesas da viagem de Luciana, colocando “o aparato estatal à disposição de indivíduo umbilicalmente ligado ao tráfico de ilícito drogas, aviltando a República, instrumentalizada que foi em prol do interesse de grupo criminoso representado por aquela pessoa”.