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Polícia

Perícia encontra pesticida em arroz ingerido por família em Parnaíba

Os peritos do IML descartaram a suspeita de que o peixe doado às vítimas estava envenenado.

A Polícia Científica do Estado do Piauí, por meio do Instituto de Medicina Legal (IML), identificou a presença de pesticidas no alimento ingerido pela família vítima de envenenamento em Parnaíba. O laudo pericial foi divulgado nesta segunda-feira (06), ocasião em que foi descartado que o peixe doado às vítimas estava envenenado.

Segundo o diretor do IML, Antônio Nunes, o resultado partiu de análise feita na primeira pessoa morta decorrente do envenenamento, um adolescente de 18 anos, e nos alimentos encontrados na residência. “Examinamos a comida que estava servida antes de passarem mal, e encontramos nessa, no arroz, o inseticida, pesticida terbufós, da classe dos organofosforados. Nas manjubinhas nada encontramos. No estômago do Manoel, que foi a primeira vítima fatal, e nessa comida encontramos o mesmo inseticida”, comunicou o médico legista.


Foto: Alef Leão/GP1Médico legista Antônio Nunes
Médico legista Antônio Nunes

Com a conclusão do laudo referente à morte do adolescente e do bebê de 1 ano, onde também foi identificada a presença do pesticida, Antônio Nunes esclareceu que a polícia científica ainda trabalha para emitir o laudo pericial dos outros familiares que foram envenenados em Parnaíba. “Esses dois laudos já foram finalizados, e agora a gente vai se debruçar sobre todos os outros. Agora a tarde será feita a necrópsia da criança de três anos de idade, que morreu no HUT”, explicou o diretor do IML.

Entenda o caso

Na tarde do dia 1 de janeiro, um bebê de um ano e um jovem de 18 anos morreram no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), após apresentarem sinais de envenenamento. Ao todo, oito pessoas da mesma família, que residem no bairro Dom Rufino II, em Parnaíba, também passaram mal.

Nesta segunda-feira (06), a criança de três anos que estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), faleceu. Ela estava internada desde o dia 3 de janeiro, quando foi transferida do hospital em Parnaíba, no Litoral, para a capital piauiense. Outra criança, de 4 anos, segue internada no HUT.

Todas as vítimas possuem parentesco com João Miguel Silva e Ulisses Gabriel Silva, de 7 e 8 anos, que morreram em 2024 após serem envenenados por Lucélia Maria, de 52 anos.

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