Aberto no dia 28 de agosto de 2018, o inquérito policial que investiga o furto de um cofre, com R$ 120 mil, do apartamento do atual prefeito de Barra D´Alcântara, Mardônio Soares Lopes, segue sem conclusão.
O inquérito foi aberto pelo delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial de Teresina, após registro do Boletim de Ocorrência por Mardônio relatando que foram furtados valores em dinheiro do cofre que fica em seu apartamento, no bairro de Fátima, no montante de R$ 120 mil.
Em seu depoimento, o prefeito afirmou que desconfiou que estava sumindo dinheiro do cofre, porém não tinha certeza. Ele narrou que sua filha, ao chegar no apartamento, notou que a porta não estava trancada e não havia sinais de arrombamento, entretanto, tem certeza que quando saiu fechou a porta.
O prefeito relatou ainda que no dia em que as quantias foram furtadas somente tiveram acesso ao apartamento os empregados do condomínio, além de funcionários de uma empresa terceirizada.
Ministério Público
No dia 10 de fevereiro de 2022, a promotora Gianny Vieira de Carvalho determinou a devolução dos autos à Autoridade Policial, a fim de que, fossem realizadas, no prazo de 30 (trinta) dias, as diligências seguintes: juntada do Laudo de Exame Pericial em Local de Furto (requisitado em julho de 2018) e realização de diligências devidas e conclusão do procedimento, elaborando o Relatório Final.
"Autoridade policial inerte"
Depois de diversas intimações para que fosse concluído o inquérito, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos, determinou no dia 22 de junho deste ano a intimação do delegado responsável pelas investigações para apresentar o procedimento policial devidamente relatado e concluído com as diligências cumpridas até o momento ou ainda, sendo o caso, sugerir o arquivamento.
“Verifica-se que as intimações eletrônicas à autoridade policial, realizadas pela Secretaria deste juízo, restaram infrutíferas, visto que a autoridade policial está inerte, sem apresentar qualquer manifestação, seja quanto à realização de diligências que sirvam para positivar a materialidade e a autoria do crime ou à eventual justificativa de impossibilidade do cumprimento de diligências”, argumentou o juiz.
O magistrado destacou ainda a inércia do processo há meses. “Mesmo realizadas diversas intimações eletrônicas pelo sistema PJe pelo prazo legal de 30 (trinta) dias, pode-se inferir que o inquérito está “parado” há vários meses, sem o cumprimento de qualquer diligência ou a apresentação de qualquer informação nova pela autoridade policial”.
A intimação com o prazo dado pelo juízo da Central de Inquéritos foi recebida na delegacia no dia 11 de julho deste ano pelo delegado Luís Alberto Leal Barbosa.
Outro lado
Procurado, na manhã desta segunda-feira (24), o delegado Ademar Canabrava afirmou que o inquérito já foi concluído, mas como foram pedidas novas diligências, o inquérito foi enviado para o mutirão da Secretaria de Segurança para depois voltar para a Justiça. "O inquérito foi concluído e já está na Justiça, ele voltou para novas diligências e hoje se encontra no mutirão da Secretaria de Segurança, que foi criado para os inquéritos atrasados", afirmou.
"Ele foi concluído há anos, em 2018, foram feitas várias diligências, mas não foi identificado autor, foi feito perícia no cofre para ver se tinha alguma digital. Agora ele está no mutirão para cumprir as novas diligências para voltar à Justiça", concluiu Canabrava.
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