A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Polícia Interestadual – Polinter, indiciou o empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, proprietário da loja Adolfo Autopeças, pelos crimes de receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e associação criminosa. O inquérito foi enviado ao Poder Judiciário no dia 7 de dezembro.
Também foram indiciados Luana de Moura Rocha, Argemiro Menescal Lima e Danielly Laiara Menescal Mourão, ex-esposa, pai e irmã de Adolfo, respectivamente. Argemiro ainda foi indiciado pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Investigação
De acordo com o inquérito, após chegar ao conhecimento da Polinter diversas denúncias de que algumas sucatas estavam atuando no desmanche de veículos roubados/furtados em Teresina e Timon e em outros estados, foram realizadas diligências no sentido de verificar a veracidade das informações.
No decorrer das diligências, foram obtidas informações de que havia uma família de Teresina que controla várias sucatas, dentre elas a Adolfo Autopeças, Adolfo Autopeças 4x4, Sucatão Santa Luzia e um sítio em Timon, que estaria fazendo esses desmanches e vendendo, posteriormente, as peças.
Foi constatado que nas lojas eram comercializadas peças de veículos roubados/furtados, os quais eram desmanchados, por seus proprietários e responsáveis, no sítio em Timon.
Mandados judiciais
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas lojas quando foram encontrados nos estabelecimentos diversos objetos eivados de ilicitudes, tendo cada um dos investigados envolvimento nos crimes.
No sítio, a polícia encontrou diversas carcaças de veículos com vestígios de supressão dos elementos identificadores, além de uma peça (tampa traseira de uma Montana) constando restrição de roubo/furto e uma arma de fogo.
Associação criminosa
Em relação ao crime de associação criminosa, a polícia destacou que há indícios de que os quatro investigados, em comunhão de ações e desígnios associaram-se com estratagema de vender peças usadas, em locais travestidos de “sucatas legalizadas”.
Segundo a investigação, foi montado um esquema criminoso de desmanche de veículos roubados/furtados, funcionando da seguinte forma: os carros vinham de outros estados para Teresina nos fins de semana, onde as peças eram retiradas nas ruas atrás das sucatas próximas à beira do Rio Parnaíba, na Avenida Maranhão, e de lá eram levados para desmanches no sítio de Timon.
Prisão
O empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, dono da loja Adolfo Autopeças, foi preso no dia 1º de dezembro deste ano, em Teresina, pela Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), junto do pai e da ex-esposa, acusados de associação criminosa, receptação e desmanche de veículos roubados.
Os presos são acusados de receptarem veículos roubados para fazer o desmanche e vender as peças.
Terceira vez preso
O empresário já foi preso três vezes. A primeira prisão foi temporária, no âmbito da Operação Mormaço, deflagrada em junho de 2021. Ele ficou preso por 30 dias e depois foi solto, cumprindo medidas cautelares, contudo, de acordo com a Polícia Civil, houve descumprimento das medidas e por isso ele foi preso novamente no dia 28 de abril deste ano.
A prisão preventiva de Adolfo Mourão foi revogada pela Justiça um dia depois, 29 de abril, e o empresário passou a usar tornozeleira eletrônica.
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