A Polícia Civil do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), desarticulou uma organização criminosa formada por 11 pessoas responsáveis por roubos contra agências bancárias no estado do Piauí, que nos últimos 9 meses, não registrou nenhum ataque a bancos na Capital e no interior.
Em entrevista ao GP1, o coordenador do GRECO, delegado Tales Gomes, afirmou que o grupo capitaneado por três homens, considerados líderes das ações contra bancos no Estado, foi preso após investigações do GRECO e um deles acabou morrendo em confronto com a polícia durante o assalto registrado em Miguel Alves, em outubro do ano passado.
“Nesse período, a gente conseguiu identificar um grupo de pessoas, com uma célula principal, composta por três investigados, o Javeleta, Gregório e o vulgo Bicudo. Eles, com o auxílio de outras pessoas, estavam praticando crimes, principalmente em Teresina, voltados para a explosões de caixas eletrônicos e roubos de cargas de transportadoras e, também, dos Correios. Então, do dia 17 de agosto até o final do ano passado, quando houve assalto a banco em Teresina, a gente fez um intenso trabalho com troca de informações, apoio de outras unidades da Polícia Civil, da nossa equipe de inteligência e também da Polícia Militar, conseguimos identificar esse núcleo e representamos pelas prisões dessas pessoas”, pontuou.
Crime organizado
Tales Gomes ressaltou que com o desdobramento das investigações, os policiais observaram que os alvos das recentes ações ocorridas na Capital eram os mesmos que tinham sido presos em investigações anteriores, demonstrando a capacidade de atualização da organização criminosa de atuar em diferentes frentes de forma articulada e organizada.
“Devido à dificuldade de localização desses investigados, que já foram presos pelo GRECO em outras gestões, eles adquirem mais conhecimento quanto à forma de trabalho da polícia e vão se aperfeiçoando, tanto em cometer os crimes de forma mais eficiente, como em se evadir da ação policial. A partir de janeiro deste ano nós conseguimos efetuar as prisões de todas essas pessoas, tanto em cumprimento aos mandados de prisões, em decorrência de investigações presididas pelo GRECO, como de situações de flagrantes em posse de carros roubados, armas de fogo, miguelitos, placas de carros, mostrando aí a questão da adulteração de veículos que eles usam na ação criminosa. Isso representa um trabalho de investigação longo, complexo, um trabalho de equipe da unidade, de todos os delegados, escrivães e agentes colaborando no sentido de conseguirmos amenizar essa situação”, ressaltou o delegado.
Alvos presos reiteradamente
“Entre o mês de maio e julho do ano passado, a maioria dessas pessoas, que estavam presas, foi solta. Por exemplo, no roubo do Banco do Brasil de Miguel Alves, que nós já prendemos três envolvidos, essas mesmas pessoas foram soltas, se articularam e fizeram um crime de grande proporção. Eles invadiram a cidade de Miguel Alves em outubro do ano passado, explodiram o banco e isso mostra que são pessoas voltadas, exclusivamente, para a prática de crimes de grande proporção, o que dificulta o trabalho da polícia”, destacou.
Onze alvos presos
“Nós temos 11 pessoas presas relativas a essas ocorrências de estouro de caixas eletrônicos em Teresina, sendo duas delas envolvidas no assalto de Miguel Alves. Nesse caso, um deles também participou de um latrocínio do gerente do Banco do Brasil de Luzilândia e um segundo alvo, que matou uma pessoa durante a fuga no assalto de Miguel Alves”, pontuou.
Denúncias anônimas
O titular reforçou que a sociedade também tem colaborado com as ações da Polícia Civil e o GRECO disponibiliza dois canais de comunicação, utilizados para obter denúncias da população, através do número (86) 9 9991-0455 e também do perfil no Instagram @grecopcpi. “O acesso a esses canais é altamente restrito e essas informações são filtradas, onde somente eu outro policial tem acesso, trabalhando de forma mais sigilosa possível”, concluiu.
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