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Polícia

Duas pessoas são assassinadas no estado do Piauí a cada 24 horas

Os números são do setor de estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

É notável o aumento da violência e dos crimes contra a vida no Piauí, sobretudo na capital, Teresina. No entanto, quando trazemos à tona os números, a situação se mostra ainda mais preocupante. O GP1 obteve informações exclusivas do setor de estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), e os dados revelam que o estado já registrou um total de 542 assassinatos nos primeiros nove meses de 2021, o que representa uma média de 60 mortes por mês, ou seja, dois homicídios a cada 24 horas.

O total de assassinatos registrados até agora representa um crescimento de pouco mais de 10% em relação ao ano passado, quando, no mesmo período (janeiro a setembro), foram registradas 491 mortes violentas. Os dados são do setor de estatísticas da SSP-PI, coordenado pelo delegado João Marcelo.


Traçando um comparativo entre 2020 e 2021, os meses que apresentaram maior aumento foram maio, com 72 mortes frente a 46 do ano passado, e setembro, com 74 mortes frente a 56 do ano de 2020.

Assassinatos registrados nos primeiros 9 meses de 2021
  • 56
    Janeiro
  • 50
    Fevereiro
  • 44
    Março
  • 70
    Abril
  • 72
    Maio
  • 56
    Junho
  • 62
    Julho
  • 58
    Agosto
  • 74
    Setembro
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Piauí
Assassinatos registrados nos primeiros 9 meses de 2020
  • 46
    Janeiro
  • 51
    Fevereiro
  • 54
    Março
  • 69
    Abril
  • 46
    Maio
  • 59
    Junho
  • 61
    Julho
  • 49
    Agosto
  • 56
    Setembro
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Piauí

Estatísticas

De acordo com o delegado João Marcelo, os números podem variar, pois são revisados a cada 60 dias pela Secretaria de Segurança, considerando o andamento das investigações dos crimes. O coordenador do setor de estatísticas explica que o trabalho de levantamento dos dados se baseia em uma metodologia multifonte.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado João Marcelo
Delegado João Marcelo

“O nosso trabalho é basicamente baseado em uma tecnologia multifonte, a gente vai além do Boletim de Ocorrência, cada morte violenta intencional é um objeto de estudo, não é um mero registro, um número. Ele se torna um objeto de estudo, nasce de um cruzamento de fontes, examinamos todos os laudos do IML, todos os Boletins de Ocorrência, temos também as fontes abertas, a imprensa, trabalhamos com palavras-chaves, e a partir desses cruzamentos conseguimos identificar os casos de morte violenta intencional”, detalhou o delegado ao GP1.

O que diz o secretário de Segurança

Nossa reportagem também conversou com o secretário de Segurança do Piauí, coronel Rubens Pereira. Ele afirmou que a maioria dos assassinatos registrados no estado tem relação com brigas de facções e disputa do tráfico de drogas.

“Fizemos um trabalho de integração com as forças estaduais e federais, articulando esses órgãos para reduzir essas mortes violentas intencionais, que têm como perfil pessoas ligadas a facções, a organizações criminosas, e tem como pano de fundo também o tráfico de drogas”, frisou.

Foto: Alef Leão/GP1Secretário Rubens Pereira
Secretário Rubens Pereira

O secretário disse ainda que a Polícia Civil do Piauí vem atuando fortemente, por meio da Operação Cerco Fechado, com objetivo de prender pessoas envolvidas nessas práticas criminosas. “A Polícia Civil do Piauí já deflagrou a quinta fase da Operação Cerco Fechado, exatamente para prender as pessoas acusadas desses crimes violentos, queremos com essa frente de investigação, de prisões que estamos realizando no estado do Piauí, retirar essas pessoas de circulação para reduzir esses indicadores”, concluiu.

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