A Polícia Federal deflagrou a Operação Lâmpades nesta sexta, 7, para desarticular a ala feminina do PCC na região Norte do País. As investigações apontam que mulheres passaram a ocupar ‘posições estratégicas’ no comando da facção porque o grupo acredita que elas estariam menos suscetíveis a prisões.
As mulheres estariam exercendo funções como o controle e a guarda de drogas e armas de fogo, o estabelecimento de relacionamento entre criminosos de dentro do sistema prisional com os de fora e, inclusive, a indicação de membros para outros setores específicos.
Segundo a mitologia grega, Lâmpades seriam ninfas – espíritos femininos – que habitariam o reino dos mortos, vagando pelo submundo.
O braço feminino na Região Norte seria comandado por duas foragidas que se encontram no Estado de São Paulo. Pesam contra elas mandados de prisão expedidos por roubo e tráfico de drogas.
Algumas suspeitas poderiam estar envolvidas com os ‘tribunais do crime’.
Mais de 80 policiais federais cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Boa Vista; Tauaracá, no Acre; São Paulo e Guarulhos.
Os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual em Roraima.
A PF acredita que a facção pagaria a mensalidade de uma faculdade de Direito a uma das suspeitas para defender ‘os interesses de membros da facção’ junto a entes públicos relacionados à execução de sentenças e ao dia-a-dia prisional.
Ela também seria responsável por estabelecer relações entre integrantes presos com integrantes de fora do sistema prisional.
As investigadas poderão responder à Justiça por organização criminosa, com penas aumentadas até metade pelo uso de armas de fogo – e agravadas pelo exercício do comando de organização criminosa -, pelo tráfico de drogas e pela associação para o tráfico. Se condenadas, as penas podem ultrapassar os 25 anos de prisão.
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