Atendendo requisição do Ministério Público do Estado do Piauí, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática - DRCI está investigando, através de inquérito policial, o suposto crime de injúria racial que teria sido cometido pela advogada Rubenita Lessa contra a ex-miss Brasil Monalysa Alcântara.
O suposto crime foi noticiado através da Ouvidoria do Ministério Público. A requisição para a apuração dos fatos narrados foi feita pela promotora Juliana Martins Carneiro Noleto, da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Teresina.
- Foto: Facebook/Monalysa AlcântaraMonalysa Alcântara
Rubenita Lessa teria feito no dia do desfile, 19 de agosto do ano passado, uma sequência de frases em um grupo de whatsApp comentando a escolha de Monalysa Alcântara: “A mais bonita era a da Bahia, que não ficou entre as finalistas. Mas o que importa é conseguirmos enxergar que não se trata mais de um concurso de beleza. O marxismo cultural também tomou conta do concurso. Apenas prova e comprova uma tendência, a auto-afirmação dos negros. Esse resultado só mostra como estamos perdidos. Se for negra, magricela e tiver uma juba e falar discurso marxista, ganhou o concurso de beleza! Aí eu vejo um monte dizerem: é linda demais, a mais linda do Brasil, merece… Me poupe”.
OAB-PI emitiu nota de repúdio
A Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI) emitiu a época, nota de repúdio contra as manifestações que considerou racistas e preconceituosas contra Monalysa Alcântara.
A nota diz que Monalysa foi “aclamada como legítima representante da mulher piauiense e brasileira por seus atributos pessoais que não se limitam ao critério beleza, mas por sua inteligência, brasilidade registrada em sua fala íntegra de uma jovem mulher que luta pela igualdade e defesa dos direitos da mulher”.
Delegado pediu prazo para concluir inquérito
O inquérito foi instaurado em 18 de janeiro deste ano através da portaria n°69/2018, assinada pelo delegado Daniell Pires Ferreira.
No dia 03 de julho, os autos foram remetidos a Justiça com pedido de dilação de prazo. O delegado solicita, no mínimo, 60 dias para a conclusão do inquérito.
- Foto: DivulgaçãoRubenita Lessa em publicação realizada em grupo de Whatsapp
Outro lado
O GP1 entrou em contato com a advogada Rubenita Lessa, nesta segunda-feira (30), que informou que não estava sabendo do inquérito e que por isso não poderia se manifestar.
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