A Polícia Civil do Piauí , por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), continua colhendo frutos dos desdobramentos da Operação “Jogo Sujo”, que combateu a promoção ilegal de jogos de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Atualmente, pelo menos dez influenciadores são investigados pela corporação por essa prática.
Segundo o delegado Humberto Mácola , a extensão da Operação “Jogo Sujo” possibilitou que vítimas entrassem em contato para denunciar alguns rifeiros da internet. “No momento nós estamos identificando [os rifeiros] para poder chamar eles a prestarem esclarecimentos acerca dessa conduta. Tem que explicar para saber se eles são regulares, se não forem, podem responder por isso, e chegar a ter o perfil nas redes sociais derrubado. Estamos investigando e recebendo denúncias de aproximadamente dez influenciadores”, pontuou o delegado.
Mesmo com as ações de repressão a esse tipo de prática, Humberto Mácola foi conciso ao afirmar que esta não é uma medida que pretende proibir os jogos de azar, pelo contrário, é uma ação que visa garantir a segurança e o bem-estar dos apostadores, pessoas que também devem ficar atentas ao tipo de rifa que participam.
“A realização de rifas tem que ser regulamentada, para o bem da sociedade e das pessoas que apostam. Aqui nós não estamos, de maneira nenhuma, tentando coibir as apostas, até porque existem jogos regulares, fiscalizados e auditados no Brasil. No entanto, essa prática, quando ela não é regulamentada, ela é condenada, pois não dá para saber como é feito o sorteio e quem vai garantir se você ganhou ou perdeu. Por isso, nós recomendamos que as pessoas procurem os jogos regulamentados”, indicou o delegado.
Caso o internauta aposte e não confie na procedência do jogo, ele deve procurar a sede da delegacia da DRCI para registro de boletim de ocorrência, para serem tomadas as medidas cabíveis sobre o caso.
Operação Jogo Sujo
Deflagrada no dia 11 de janeiro, a operação “Jogo Sujo”, da Polícia Civil, resultou no cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e de busca em apreensão de suspeitos de obter vantagem ilegal por meio de jogos de azar, além da ocultação de patrimônios que teriam sido adquiridos por meio da prática de jogos.
Um dos alvos da ação policial foi o influenciador Itallo Bruno, conhecido nas redes sociais por realizar rifas que prometiam prêmios de grandes valores, com apostas de valor bem baixo. Ele foi solto 11 dias após a prisão, após firmar acordo de delação premiada. De volta às redes sociais, o influenciador prometeu “voltar com tudo”, mas com realização de rifas dentro da lei.