Wanessa Gommes
O leilão da Agespisa que estava marcado para ocorrer amanhã (14) na Bolsa de Valores de São Paulo, não recebeu propostas e foi adiado. A concessão à iniciativa privada previa em torno de R$ 8,6 bilhões de investimentos para a universalização dos serviços de água e esgoto.
O pagamento de uma outorga mínima de R$ 1 bilhão, a ser paga antes da assinatura do contrato, teria sido o principal problema que afastou os interessados.
A disputa combinaria um desconto sobre a tarifa cobrada dos usuários e a possibilidade de um ágio sobre a outorga, com um pagamento obrigatório de 1 bilhão
O valor, no entanto, ficou alto demais, segundo grupos que estudaram o edital, considerando que teria que ser pago de uma só vez e antes da assinatura. A empresa Aegea, por exemplo, afirmou que o modelo “prestigia o pagamento de outorga à vista em detrimento de um desconto real na estrutura tarifária” e que isso pode dificultar o financiamento de bancos federais.
Atualmente, a Agespisa administra os serviços de 76 municípios piauienses. A nova concessão deverá ser voltada para os 223 municípios do interior do Piauí, além da zona rural de Teresina.
O Governo do Piauí já anunciou que a licitação será adiada para setembro.
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