O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou, nessa segunda-feira (10), a escolha de 12 projetos para criação de unidades de conservação na Caatinga. Um deles é a ampliação do Parque Nacional da Serra das Confusões, localizado no Piauí, que deve ser concluído até 2026.
A previsão é que as unidades federais de conservação aumentem em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas no bioma. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva a iniciativa tenta remediar o processo de desertificação da Caatinga.
“Os estudos da ciência estão nos mostrando que já temos uma ampliação das áreas que eram semiáridas e que estão ficando áridas. Isso é mudança do clima. Se a gente ‘descaatinga’ a Caatinga, a gente agrava o problema”, explicou Marina Silva.
Entre os projetos selecionados durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, também estão a ampliação da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte, e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Araripe, no Ceará.
Desertificação
O problema sobre a desertificação na Caatinga já atinge 13% do semiárido brasileiro. Conforme o Ministério do Meio Ambiente, nesses lugares já é possível constatar a perda total da biodiversidade, serviços ecossistêmicos e até mesmo da produtividade do solo.
Mesmo sendo um bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga já registrou mais de 201.687 hectares desmatados, com aumento de 43,3% em relação ao ano de 2022. Conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU, a vegetação nativa dessa região, por ser em sua maioria ocupada por populações, o que a torna mais suscetível às mudanças climáticas.
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