O reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Gildásio Guedes Fernandes, participou de coletiva de imprensa nesta quinta-feira (07), em que realizou um balanço da sua gestão à frente da instituição. Durante conversa com jornalistas, o reitor afirmou que está trabalhando para que o processo de transição da gestão ocorra de forma “pacífica e organizada”. Ele assumiu a Reitoria da universidade em 2020, e está na iminência de passar o cargo à professora Nadir Nogueira, sua sucessora, cuja gestão tem início em 21 de novembro.
Anterior a isso, Gildásio Guedes elencou algumas das principais conquistas e dificuldades enfrentadas ao longo do seu mandato. Alguns dos desafios, segundo ele, ainda precisam ser superados, e podem representar um problema para a próxima gestão, como o orçamento. O professor relembrou que desde quando assumiu a Reitoria, no tempo da pandemia, muitos dessas dificuldades foram superadas, mas ao longo do tempo, conforme eram encontradas soluções, outros problemas acabaram surgindo.
“O primeiro grande desafio é que nós fomos nomeados na época da pandemia, e a pandemia nos trouxe muitas dificuldades. Somando-se à pandemia, nós tivemos um temporal aqui na universidade, perdemos 30 postes de energia, caíram 32 palmeiras. Vencemos a pandemia e começamos a trabalhar, ainda de forma remota. Compramos suprimentos, compramos todo tipo de recursos que pudessem proteger os nossos estudantes, professores e técnicos-administrativos, e voltamos então para o presencial. Depois nós tivemos outra grande dificuldade que foi a parte orçamentária. Entrou governo e saiu governo, mas nós tivemos dificuldades orçamentárias intransponíveis, com isso nós tínhamos que planejar mais”, afirmou o reitor.
Segurança na Universidade
Embora a segurança nos campi, especialmente a do Campus Ministro Petrônio Portella, situado em Teresina, seja alvo constante de reclamações de alunos, professores, técnicos e terceirizados, o professor afirmou que está otimista com o resultado das ações empregadas ao longo da sua gestão, e que trouxeram o resultado esperado. “Quando nós chegamos aqui é que tinha um percentual bem superior de pequenos casos de violências e furtos e roubos ao que nós temos hoje. Nós diminuímos 80% os casos de furtos, roubos e de violência. Este ano não tem nenhum caso. Anos anteriores eram 10, 12, 15 de cada por ano. Nós não reduzimos apenas 80% esses casos da universidade, nós reduzimos foi 96%. Colocamos mais de 4000 lâmpadas no campus. Desde o primeiro dia que nós estamos aqui que nós trabalhamos em sentido horizontal vendo a segurança, a limpeza, a iluminação e a manutenção dos espaços”, argumentou Gildásio Guedes.
Mesmo assim, sua avaliação é otimista, tanto para a gestão atual quanto para a futura, e ele destacou os desafios que a próxima reitora enfrentará. “Dificuldades foram superadas. Eu não fechei as portas para ninguém. Todos tiveram a porta aberta. Estamos aqui com as portas abertas. A sensação é de dever cumprido. Estamos entregando a universidade à professora Nadir, e estamos tentando fazer uma transferência de poder de forma pacífica e organizada, abrindo as portas da gestão atual para a futura. O principal desafio é voltar a ter a veia cheia do sangue da universidade. Nós contratamos muitos professores novos, que, aos poucos, vão adquirindo e consolidando o amor pela instituição. Então, quanto mais amor pela instituição tivermos, mais direcionamento haverá. Esse é o desafio: promover uma educação permanente para que todos possam assimilar e assumir a universidade”, frisou o reitor.
Recredenciamento do MEC
Uma das principais conquistas ocorreu durante o período de recredenciamento do Ministério da Educação (MEC), quando a UFPI alcançou, pela primeira vez desde a implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), a nota máxima na avaliação institucional. Em uma escala de 1 a 5, a Universidade Federal do Piauí obteve nota 5, superando o resultado da última avaliação, em que havia recebido nota 3.
Essa avaliação é feita a cada dez anos, e é necessária para renovar o ato de credenciamento das instituições. Para o professor Gildásio Guedes, esse resultado foi fruto dos investimentos em reestruturação de diversos setores da universidade. “A UFPI que nós temos, se vocês forem em Bom Jesus, Picos, Floriano, e andarem nos campi todos, vocês vão ver que ela [universidade] é parecidíssima. De certa forma, modéstia parte, organizada, limpa, iluminada, as salas de aula com alunos, os professores em laboratórios, os técnicos trabalhando, e a gente fez um conjunto de ações exatamente para que a universidade, apesar de todas as dificuldades, continuasse no rumo certo. Nós desenvolvemos 80 ações, que vai desde a limpeza do setor de esporte até o curral do Centro de Ciências Agrárias (CCA), passando pelos laboratórios, pela iluminação do campus, pelo reflorestamento de algumas áreas, pela manutenção da segurança, e chegamos então à nota máxima e continuamos a trabalhar”, explicou Gildásio Guedes.
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