Fechar
GP1

Piauí

Piauí registrou 241 casos de violência contra médicos em oito anos, diz CFM

Levantamento foi realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados das Polícias Civis.

O estado do Piauí registrou 241 ocorrências de violência contra médicos no período entre 2016 e 2024, segundo levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados das Polícias Civis das 27 unidades da federação, obtidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI). A média nacional indica nove casos novos de agressões diárias contra profissionais da medicina, o que equivale a um novo caso a cada três horas. Em 2023, o país atingiu o maior índice de violência contra médicos, com 3.993 boletins de ocorrência registrados.

Ao longo dos últimos onze anos, de 2013 a 2024, o Brasil contabilizou um total de 38.092 boletins de ocorrência de violência contra médicos em serviços de saúde, tanto públicos quanto privados. São Paulo (18.406 registros), Paraná (3.935) e Minas Gerais (3.617) lideram a lista de estados com mais notificações. O estudo destaca ainda que, em São Paulo, a média de idade das vítimas é de 42 anos, com 45% das agressões ocorrendo contra médicas.


Os tipos de violência mais frequentes incluem ameaças, vias de fato, perturbação do trabalho, lesão corporal, injúria, desacato, calúnia e difamação, registrados principalmente em hospitais, prontos-socorros, clínicas e postos de saúde. Embora o levantamento tenha sido detalhado, os dados trazem lacunas em várias regiões do país devido à subnotificação e à ausência de padronização nas informações coletadas. No Rio Grande do Norte, por exemplo, o estado não forneceu qualquer dado, enquanto o Acre declarou não possuir esses registros.

Alguns estados não apresentam a série histórica completa. No caso de Alagoas, há dados disponíveis somente a partir de 2021, enquanto no Amazonas as informações são de 2019 em diante. Outros estados, como Bahia, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Maranhão, e São Paulo, estão sem dados atualizados para 2024. Já em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, os registros estão completos e somam 5.974 ocorrências ao longo do período analisado.

O CFM enfatiza a necessidade de medidas eficazes por parte dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e das áreas de segurança pública para combater a violência nas unidades de saúde. A entidade também reforça a importância de uma legislação mais rígida e infraestrutura aprimorada nos serviços de atendimento, com campanhas que promovam o respeito aos profissionais de saúde.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.