Na manhã desta terça-feira (07), a OAB-PI recebeu a ministra da Cultura, Margareth Menezes, para homenagear a primeira advogada do Brasil, Esperança Garcia, entregando o busto da piauiense para o acervo local. O busto de Esperança foi produzido pelo ateliê Braga Tepi, sendo doado pelo Governo do Piauí, através da Secretaria de Estado da Cultura.
De acordo com o presidente da OAB-PI, Celso Barros Neto, a história de Esperança é a simbologia de uma busca por direitos iguais, pois, mesmo em uma sociedade escravocrata, o desejo por liberdade foi suprema.
“Ela fez uma carta, em que revela o que ela passava na sociedade daquela época. A simbologia de considerar Esperança Garcia como a primeira advogada do Brasil revela os valores da dignidade da pessoa humana, da liberdade. Uma homenagem que é feita a toda mulher brasileira e piauiense, assim como à advocacia nacional. Hoje é um dia muito especial para nós, em que recebemos do Ministério da Cultura, da Secretaria da Cultura e do Governo do estado do Piauí essa homenagem a ela”, concluiu o presidente Celso.
Durante a coletiva, a ministra Margareth Menezes explicou sobre a necessidade de não só reconhecer, mas valorizar a cultura do povo negro no Brasil, reverberando sua arte e história em todos os estados.
“É um momento que marca a história do Brasil. Sendo assim, precisamos reconhecer em todo o Brasil essa contribuição de Esperança Garcia, assim como da mulher e do povo negro à cultura brasileira. Estamos agora no Piauí fazendo essa homenagem, mas é algo que deve ser feito em todos os estados”, ressaltou Margareth.
Na solenidade estiveram presentes autoridades das esferas federais, estaduais e municipais, como o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) e o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos).
Reconhecimento
Em novembro de 2022, o Conselho Federal da OAB, reconheceu Esperança Garcia como a primeira Advogada do Brasil. Símbolo de resistência, Esperança foi uma mulher negra escravizada que lutou contra a situação a qual ela e outras pessoas foram submetidas e pelo Direito. Sua natureza jurídica foi percebida logo cedo, quando escreveu uma petição ao então Governador da Capitania.
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