Thais Guimarães
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Alberto Simonetti, assinou despacho nesta segunda-feira (22) determinando o afastamento do advogado piauiense Francisco da Silva Filho da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, após ele ser acusado dos crimes de injúria, difamação e ameaças contra quatro advogadas.
No despacho é mencionado o episódio da denúncia feita pelas advogadas contra o membro da OAB nacional, que é marido da vice-presidente da Secional da OAB no Piauí, Daniela Freitas.
“O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, ao tomar conhecimento dos fatos ocorridos no grupo do Whatsapp e noticiados pelas Advogadas do Estado do Piauí, resolve, afastar de ofício temporariamente o Advogado, Francisco da Silva Filho (OAB/PI sob o n. 5301), do Cargo de Membro Consultor da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia”, diz trecho do documento assinado pelo presidente da OAB nacional.
De acordo com o despacho, Francisco Filho ficará afastado “até a conclusão do procedimento de apuração de todas as condutas incompatíveis com o exercício e a dignidade da advocacia, praticadas pelo aludido Advogado”.
Entenda o caso
As advogadas Ravena Mendes, Júlia Barroso, Blenda Cunha e Francisca Patrícia registraram boletins de ocorrência contra Francisco Filho pelos crimes de injúria, difamação e ameaças. Os registros foram feitos na Gerência de Polícia do Interior, na manhã desta segunda (22). O GP1 apurou que tudo começou quando Francisco Filho foi questionado sobre o fato de sua esposa cursar medicina e não incentivar o curso de direito.
Em áudios obtidos por nossa reportagem, o advogado Francisco Filho fala do seu órgão sexual várias vezes, além de chamar a advogada Ravena Mendes de "vagabunda, escrota, puta, pilantra, rapariga" e ainda faz ameaças. Ele também fez ataques às advogadas Júlia Barroso, Blenda Cunha e Francisca Patrícia.
OAB Piauí
Em nota, o presidente da OAB Piauí, Celso Barros Neto, afirmou que determinou a abertura de “procedimento administrativo para apuração de todas as condutas incompatíveis com o exercício e a dignidade da advocacia no episódio mencionado”.
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