O Governo do Estado do Piauí realizou, nessa sexta-feira (19), no Palácio de Karnak, a primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional Socioeducativo (GTIS), que propõe ações destinadas ao desenvolvimento social de detentos nas unidades penitenciárias do Piauí. O objetivo do GTIS é reintegrar os detentos ao convívio social, fornecendo capacitação e oportunidade de trabalho dentro dos presídios, de forma remunerada.
Durante a reunião, a delegada Eugenia Villa, superintendente do Sistema de Gestão de Riscos da Secretaria da Segurança Pública e integrante do GTIS, realizou a apresentação do projeto chamado Semeando Futuro, que será executado, em fase de teste, com a participação de 56 detentos da Penitenciária Irmão Guido, em Teresina.
O Semeando Futuro consiste na realização de cursos profissionalizantes para detentos, para que eles possam trabalhar ainda dentro do sistema penitenciário. Os cursos propostos são agrofloresta, horticultura, jardinagem e multiplicadores para agroflorestas. Já a produção seria de alimentos e plantas ornamentais.
“Os detentos irão se qualificar e terão certificados. Ao mesmo tempo, a produção deles será remunerada pelo Estado e também por meio da comercialização de seus produtos em feiras e eventos”, afirmou a delegada Eugênia Villa, coordenadora do projeto. O pagamento será destinado ao detento participante e seus familiares.
Os 56 detentos da Irmão Guido que foram selecionados passaram pelo filtro da Secretaria da Justiça, que analisou a situação deles, com aplicação de questionário social e avaliação de risco social. “O trabalho vai mantê-lo produtivo no período em que estiver recluso, além de prepará-lo para sua reinserção social”, comentou Villa. O projeto terá a participação de vários órgãos do Estado, além de entidades como OAB, Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, igrejas, Municípios e sociedade civil organizada.
A governadora Regina Sousa e o secretário da Justiça Carlos Edilson assistiram à apresentação. Ela elogiou o projeto e pediu que sejam realizados trabalhos mais humanizados nas penitenciárias com a integração das secretarias. “Isso de modo que beneficie os reeducandos com o material que eles produzem. É retorno profissional para eles e pecuniário para quando saírem da cadeia”, afirmou a governadora.
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