Juiz nega liberdade a falso policial preso em Teresina

O juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto, da Vara única da Comarca de Altos, negou pedido de liberdade provisória formulado pela defesa de Antônio Alves do Vale Neto, preso acusado de se passar por policial civil para realizar assaltos na cidade de Altos. A decisão é dessa sexta-feira (13).

A defesa de Antônio Alves alegou que a sua prisão é uma medida extrema e desnecessária, argumentando que o acusado não possui antecedentes criminais, motivo pelo qual requereu a concessão de liberdade provisória sem fiança e com aplicação de medidas cautelares alternativas.

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Citado, o Ministério Público do Piauí opinou pelo indeferimento do pedido, argumentando que há suficientes requisitos para a manutenção da prisão preventiva. Segundo o órgão ministerial, há indícios de autoria e materialidade imputados ao autuado, “havendo imperiosa necessidade de se garantir a ordem pública e a instrução criminal”.

Ao analisar o pedido, o juiz Ulysses Gonçalves entendeu que não há elementos suficientes para dar sustentação a liberdade provisória. “O pedido de revogação da prisão preventiva imposta ao acusado não tem nenhum elemento superveniente tendente a informar a robusta argumentação vertida na decisão que decretou a segregação cautelar”, colocou.

Ainda de acordo com o magistrado, a manutenção da prisão do acusado é necessária para manter a ordem pública. “Conforme se extrai dos depoimentos das testemunhas e das vítimas insertos no Inquérito Policial, o fato teria sido perpetrado com o emprego de arma de fogo, o que, de acordo com a jurisprudência mais acertada e recente, implica em caracterizar gravidade concreta, que vulnera a ordem pública. Assim, indefiro o pedido de liberdade provisória requerido pela defesa do acusado Antônio Alves do Vale Neto”, decidiu.

Prisão

Antônio Alves do Vale Neto foi preso no dia 13 de abril em Teresina, junto de mais dois comparsas, todos acusados de se passarem por policiais civis para praticarem assaltos na cidade de Altos. A prisão foi realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO). As investigações indicaram que os acusados se passavam por policiais para invadir residências, afirmando que estavam cumprindo mandados judiciais, e assim realizavam os roubos.

Na ocasião da prisão, a equipe do GRECO encontrou, no carro dos suspeitos, fardamentos, distintivos da Polícia Civil do Piauí, arma de fogo, joias e outros objetos que haviam sido roubados em Altos.