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Piauí

Acontece hoje audiência de acusados de matar esposo de secretária no Piauí

Testemunhas serão ouvidas pelo juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas a partir das 10 horas.

O juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, da 1ª Vara da Comarca de São Raimundo Nonato, designou para esta sexta-feira (28), a partir das 10h, a audiência de instrução da ação penal contra os seis réus acusados de serem os mandantes do assassinato de João Rodrigues Dias Neto, marido da secretária do Trabalho e Assistência Social de São Raimundo Nonato, Valdênia Costa, morto a tiros no último dia 13 de setembro.

Os réus foram intimados e deverão comparecer à audiência, juntamente com as testemunhas arroladas.


Foto: Reprodução/FacebookJoão Rodrigues Dias Neto
João Rodrigues Dias Neto

Despacho do magistrado no último domingo (23) determinou a intimação do Ministério Público para excluir duas testemunhas relacionadas na denúncia, isso porque, o número ultrapassou o previsto no art. 406, parágrafo 2°, do Código de Processo Penal, que leva em consideração o fato delituoso imputado e não o número de acusados. Caso não sejam excluídas, apenas as oito primeiras serão ouvidas.

Na manhã do dia 13 de setembro, João Rodrigues Neto Dias foi assassinado a tiros, no centro do município, localizado no Sul do Piauí. O homicídio ocorreu enquanto João Rodrigues estava no centro da cidade. Ele foi abordado e logo em seguida alvejado com disparos de arma de fogo, tendo morte imediata no local do crime.

Entenda o caso

A Justiça da Comarca de São Raimundo Nonato tornou réus oito acusados de participar do assassinato de João Rodrigues Dias Neto, marido da secretária do Trabalho e Assistência Social de São Raimundo Nonato, Valdênia Costa. A denúncia foi recebida na quinta-feira (06).

Foram denunciados: Paulo Ferreira Pereira - apontado como mandante do crime; Patrícia Ferreira Pereira, Precilla Ferreira Pereira Fernandes e Luiz Ferreira dos Santos Neto - irmãos de Paulo Ferreira Pereira; Mauro Viana de Almeida – marido de Patrícia Ferreira Pereira; Roniglesias dos Santos Silva - proprietário do carro que deu apoio na fuga do autor dos disparos; Juniel Assis Paes Landim - executor material do crime e Juliermes Braga Paz Landim - responsável por esconder a arma do crime.

Na decisão, o magistrado destacou que a denúncia descreve, de modo claro e congruente, a conduta típica imputada aos acusados, com todas as suas circunstâncias, a classificação do crime, permitindo-lhes o exercício da ampla defesa e do contraditório.

“Não há elementos suficientes para rejeição liminar da acusação, impondo-se a continuidade do feito, vez que, para o recebimento da acusação, é suficiente um conjunto probatório mínimo, demonstrado pela prova da materialidade do crime e indícios de autoria”, afirmou o juiz.

Núcleo familiar

De acordo com o presidente do inquérito que investigou o fato, delegado Marcelo Barreto, o crime foi desenvolvido em um contexto familiar, que envolveu um acidente automobilístico registrado em junho deste ano, no qual João Rodrigues Dias Neto, foi lançado como responsável pela morte do patriarca da família Pereira, o senhor Pedro Pereira Neto, de 60 anos.

Com o não indiciamento de João Rodrigues Dias Neto como responsável pela morte de Pedro Pereira Neto, seus filhos, dentre eles Paulo Pereira, passou a articular o crime, que foi materializado no último dia 13 de setembro, com a morte de João Rodrigues Dias Neto.

“Concluímos que o mandante seria o Paulo, mas houve participação dos demais irmãos. Ao total, nós prendemos 6 pessoas. O executor, Juniel Paes Landim, em flagrante. No dia 16, na audiência de custódia do Juniel, preso em flagrante, nós formulamos um pleito de preventiva para mais dois, que seriam o Paulo, o mandante, e o Juliermes, que teria participação também [escondendo a arma usada no crime]. Então, no dia 16, compareceu à mesma audiência de custódia do Juniel, o Juiermes, que foi preso. Paulo se apresentou posteriormente e executamos um mandado de prisão que foi deferido no dia 20. Depois, apresentamos novos elementos que colhemos, representamos pela prisão preventiva e, por fim, prendemos mais três, dentre eles, a Patrícia, que é irmã do Paulo, o Mauro, que é esposo da Patrícia e o mototaxista, Ronigleison, que participou desde o início, fazendo o levantamento, acompanhando a rotina do alvo visado por eles, até concretizar no dia 13”, detalhou.

Dois irmãos foram presos após indiciamento

Cinco dias depois da polícia concluir o inquérito e indiciar seis pessoas, Precilla Ferreira Pereira Fernandes e Luiz Ferreira dos Santos Neto foram presos acusados de participação no crime após pedido do Ministério Público do Estado.

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