Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde e em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontaram que cerca de 81,9% das pessoas que foram internadas por 24 horas ou mais no Piauí ficaram em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o IBGE, a coleta das informações para a elaboração da pesquisa foi realizada entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020. Apenas o Maranhão (89,2%), Roraima (84,8%) e Acre (83,5%) têm proporções superiores em relação às internações em hospitais do SUS.
O percentual do Piauí (81,9%) é maior que a média brasileira, que é de 64,6%. Em Teresina, a proporção foi de 60,4%, acima da média das capitais, que é de 47,3%
Renda da população
No Piauí, a proporção de internações pelo SUS é maior entre as pessoas com rendimentos domiciliares per capita mais baixos, pois 96,5% daqueles que ganham até ¼ de salário mínimo e 96,8% dos que têm rendimento entre ¼ e meio salário mínimo, precisaram de internação. Entre os domicílios com rendimento domiciliares per capita mais de cinco salários mínimos, não houve internações pelo SUS no período investigado pela pesquisa, apenas em estabelecimentos privados.
Cor e formação dos internados no SUS
As pessoas pretas e pardas também tiveram proporções de internação no SUS superiores às pessoas de cor branca. No Piauí, cerca de 69,6% das pessoas brancas que precisaram de internação ficaram em hospitais do SUS, enquanto entre as pessoas pretas o percentual foi de 86,9% e entre as de cor parda foi de 86,1%.
De acordo com a pesquisa, as pessoas com ensino superior completo tiveram menor taxa de internação pelo SUS em relação aos demais níveis de instrução. Apenas 53,7% daqueles com ensino superior completo, que foram internados no Piauí, ficaram em estabelecimentos do SUS. Entre aqueles sem instrução ou fundamental incompleto a taxa foi de 86,8%, entre os que têm ensino fundamental completo ou médio incompleto foi de 90,9% e entre aqueles com ensino médio completo ou superior incompleto, o percentual foi de 77,4%.
As informações da PNS 2019 serão utilizadas para subsidiar a formulação de políticas públicas nas áreas de promoção, vigilância e atenção à saúde do SUS.
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