A produção industrial subiu 8% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 3. O resultado ficou um pouco abaixo do teto das expectativas, de 8,4%, dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast.
Em relação a julho de 2019, a produção caiu 3,0%, ficando exatamente no teto das expectativas. Sob efeito da pandemia de covid-19, a indústria acumula queda de 9,6% no ano e de 5,7% em 12 meses até julho.
Dos 26 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE 25 tiveram alta em julho. “É o maior espalhamento (de avanços) da série histórica”, observou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Entre as atividades, a contribuição mais relevante para a média global foi do crescimento de 43,9% na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, impulsionada pelo retorno à ativa de plantas industriais paralisadas pela pandemia.
O setor de veículos acumulou uma expansão de 761,3% em três meses consecutivos de avanços, mas ainda opera 32,9% abaixo do patamar de fevereiro, período pré-pandemia.
Outras contribuições positivas relevantes foram de metalurgia (18,7%), de indústrias extrativas (6,7%), de máquinas e equipamentos (14,2%), de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), de outros produtos químicos (6,7%), de produtos alimentícios (2,2%), de produtos de metal (12,4%), de produtos de minerais não-metálicos (10,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (29,7%), de produtos de borracha e de material plástico (9,8%), de produtos têxteis (26,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,0%), de produtos diversos (27,9%) e de bebidas (4,6%).
A única perda em julho ante junho ocorreu em impressão e reprodução de gravações, com queda de 40,6%, após uma expansão de 77,1% no mês anterior.
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