Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), apontam que o Piauí é o estado que possui o menor índice de residências ligadas à rede de coleta de esgoto.
Na região Nordeste o problema é bem evidente e mais grave, onde 55,4% das residências não possuem o tratamento. O menor índice é o estado do Piauí, onde 93% das casas não têm coleta.
Ainda segundo os dados, o Piauí apresentou uma queda no índice de residências que são atendidas pela coleta de rede de esgoto, em 2016 o estado estava com 7,4; em 2017 o número apresentou uma melhora para 8,9 e em 2018, o índice reduziu para 7,0.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente no ano passado, mais de 23 milhões de domicílios brasileiros não estavam ligados à rede de coleta de esgoto. Ou seja, 37,7% das residências não possui escoamento por rede geral ou por alguma fossa ligada à rede de esgoto.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Esgoto a céu aberto
2ª capital que menos investe
Segundo dados do Instituto Trata Brasil, o município de Teresina investiu R$ 47,57 milhões em saneamento básico em um período de cinco anos, se tornando a segunda capital do Brasil que menos investiu nessa área.
O Instituto Trata Brasil, que verifica a evolução do saneamento básico de todo o Brasil, constatou que somente 23,5% das residências de Teresina possuem saneamento básico, ou seja, os outros 76,5% não possuem o saneamento adequado, como abastecimento de água potável, coleta de lixo e esgoto, limpeza da rua e manejo da água da chuva.
Os dados foram levantados de 2012 a 2016. No passado, Teresina estava ocupando a 84ª colocação entre o ranking de saneamento. Em 2012 Teresina investiu R$ 22,38 milhões nessa área. Já em 2017 foram investidos apenas R$ 2,17 milhões. O IBGE estima que o investimento em saneamento por pessoa seja de apenas R$ 11,23. Sendo que Teresina tem mais de 800 mil habitantes.
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